Boas influências ajudam a evoluir?

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Olá pessoal, tudo tranquilo?

Iniciamos nossa Semana da Educação, já que dia 15 de outubro comemora-se o Dia do Professor. Observamos que, normalmente, aulas em grupo são muito mais efetivas do que aquelas individuais. Os fatores são muitos, por isso, revivemos esse post, que mostra as vantagens de se dividir o ambiente de estudo.

Não só o aluno ganha, mas o professor também. Esse ciclo de aprendizado é muito interessante e todos saem da aula com os conhecimentos mais bem fixados. Existem algumas armadilhas, mas nada com que se preocupar demais. Confira o post e aplique-o.

Diga-me com quem tocas que direi quão bom músico(a) tu és!

Emprestamos e alteramos um dito popular para ilustrar o post de hoje: boas influências. Não aquela influência de um grande guitarrista americano que você é fã ou que é o seu objetivo um dia tocar igual. Falamos do círculo pessoal que te rodeia, de quem está próximo e que tem influência ativa na sua vida, tanto pessoal como profissional. Afinal, todo mundo tenta influenciar ou se influencia por alguém. Isto é algo natural e atávico da nossa existência humana de viver em sociedade.

Vejamos um exemplo. Você deve ter ouvido falar do app Dubsmash, desenvolvido para brincar de dublagem. Ele disponibiliza frases de vídeos virais ou de TV, filma você falando a frase e coloca a voz por cima (o pessoal que edita áudio e vídeo já está acostumado e até cansado disso). Nessa de um amigo virar para o outro e dizer “baixa ai e usa um pouco”, em menos de 1 mês do lançamento o app já contava com mais de 1 milhão de vídeos produzidos. E com certeza você viu algum amigo seu subir um desses na timeline, naquela época.

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No presencial, é um pouco mais difícil. Cada um tem sua opinião e gostos que às vezes são tão enraizados no seu ser, que não fornecem espaços para outros pontos de vista. Todas as mobilizações políticas dos últimos tempos têm sido assim, quando ninguém se abre ao diálogo, de nenhum dos lados, devido às crenças imutáveis.

Vamos para outro exemplo interessante: uma sala de aula de Música. Temos o professor e mais 4 alunos (contando com você). Seu professor, significativamente, é um grande mestre, com didática e que sabe ensinar. Seus colegas, adoradores da boa Música e com níveis bem próximos (tanto para mais quanto para menos) tanto técnica como teoricamente falando. Você diria que consegue evoluir graças a essa turma?

Um grupo de estudos, como já é sabido, facilita muito no aprendizado. E essa conclusão é antiga, vinda desde 1989 com o estudo de J. S. Brown no livro “Situated Cognition and the Culture of Learning” (Cognição Situada e a Cultura do Aprendizado) que citamos entre outros autores mais novos. É dito que um grupo tem maior facilidade de criar, ter insights e buscar soluções. Na “turma” também, aparecem oportunidades de discussão e argumentação (nem que ela seja um duelo de solos, que não deixa de ser uma discussão entre instrumentos) e traz à tona novos e antigos conhecimentos, fomentando o raciocínio rápido.

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Essa aula, com mais gente, é fundamental para aproximar as pessoas e fazer com que a troca de experiências seja mais fluente. Fora o respeito às diferenças de gostos, opiniões e estilo.

Seria legal juntar um grupo e aprender melhor, mais rápido e com maior qualidade. Mas não é assim tão fácil. Algumas pesquisas recentes, feitas pelos autores do livro “Conhecimento e Saber em Experiências de Formação de Professores” mostram que não se pode prever a qualidade dos resultados com segurança devido aos vários fatores envolvidos, em principal, a individualidade. Um integrante, que não tenha a determinação ou a garra que os outros têm, pode comprometer a qualidade do ensino desse grupo. Imagine a banda toda tocando “Sweet Child o’Mine” e um dos integrantes tocando ao mesmo tempo “Welcome to the Jungle”. Ninguém sairia do lugar e o resultado seria horrível.

Outro ponto é que o aprendizado de conteúdos mais objetivos (como um treino técnico de escala em sextina) flui com muito mais facilidade, enquanto os assuntos abstratos ou relacionados á criatividade abrem um leque maior de possibilidades aos participantes desse grupo, que no nosso caso, é a sala de aula citada acima.

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Isso tudo demonstra que nossas mães, de certa forma, tinham razão quando falavam sobre as famigeradas “boas companhias” e ficávamos dizendo que elas eram chatas e nossos amigos eram os melhores. Assim, estar rodeado de pessoas edificantes pode ajudar na sua própria edificação e em adquirir mais conhecimento, fora aumentar as chances de ter sucesso no que quer fazer.

Imagine uma aula onde todos ouvem o que o professor diz e que sejam propostas discussões sobre novas abordagens de escalas ou mesmo novos exercícios de penta-blues, fazendo com que todos ali envolvidos enxerguem novas formas de tocar (tanto alunos como o próprio mestre). Parece perfeito e é completamente possível.

Se docentes e discentes se unirem para um grupo de trabalho ou uma aula e pensarem dessa forma, que em grupo se evolui mais, com certeza a revolução mental em todos será mais interessante e trará novos músicos com nova ideias para agradar aos novos ouvidos.

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Nós fazemos nossa parte, sempre divulgando conhecimentos não engessados, para que você possa ler, pensar e sugerir nesse grande grupo de amigos que se encontra aqui no blog da SANTO ANGELO.

Para reforçar esse conceito de que grupos de pessoas ajudam na evolução, vocês devem conhecer nosso grupo no Facebook chamado SANTO ANGELO 15S. Lá, os músicos postam seus vídeos e são vistos por outros músicos, que opinam e formam  uma corrente virtuosa onde todos evoluem (e de quebra, dependendo do vídeo, ainda pode aparecer na fanpage). Vamos conferir se a teoria acima funciona na prática?

Um abraço e nos vemos em breve.

Fonte: Nutes

Dan Souza é CMO, Relações Artísticas, fissurado em tecnologia e música, além de baixista nas horas vagas e apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, faz parte, desde 2013, da equipe de Marketing SANTO ANGELO.




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