Efeito manada na Expomusic

Expomusic

Por Carla Lima

Oi pessoal! Aqui é a Carla. Parece que foi ontem que terminou a Expomusic 2015. Assim como eu, acredito que muitos de vocês ainda estão no clima da feira porque, afinal, foram cinco dias de muitas novidades, lançamentos, reencontro com os amigos e claro, muita música.

Como disse no meu último post (clique aqui para conferir), trabalhei na lojinha do estande da SANTO ANGELO na Expomusic para ficar mais próxima de vocês e conhecer como é a relação de cada um com o universo da música, porque nem todos os visitantes tocavam um instrumento musical. Assim, pude observar diversas personalidades, estilos e principalmente comportamentos. Por isso, hoje quero falar com vocês sobre uma das minhas observações: o efeito manada.

A requisitada “roda da felicidade” no estande da SANTO ANGELO.

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Essa roda de brindes fez o maior sucesso e com certeza ficou marcada na memória de muitos visitantes que estiveram no estande, seja pela experiência inusitada e divertida das atividades envolvidas ou pelo prêmio que ganharam. E por falar em ganhar, se você esteve lá, participou e ganhou um brinde, que tal compartilhar agora em nossas mídias sociais (Facebook, Instagram e Twitter) uma foto do que ganhou?

Visto que a roda ficava ao lado da lojinha, eu pude ver muitos dos rostos que passaram por lá, algum deles, inclusive, todos os dias da Expomusic (tá aí um jeito legal para fazer novos amigos). Mas algo me deixava intrigada…

Você pegaria uma fila qualquer sem saber o motivo?

Provavelmente a sua resposta seja “não”, certo? Porém, o que vi na fila para girar a roda foi muitas pessoas que entravam somente pelo embalo da multidão. Explico melhor: para participar era necessário preencher um passaporte e passar por três das cinco atividades no estande. Será que faziam isso por querer ganhar algum brinde, ou apenas para saber o que estava acontecendo por ali, já que ao ver uma aglomeração, logo vem em mente que algo muito bom (ou muito ruim) está acontecendo naquele lugar?

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Neste caso, é compreensível, pois poucos estandes tinham conteúdo diferente dos “batidos” shows de músicos disputando quem toca mais alto. Está certo que a simples exposição dos produtos enchia os olhos de crianças e adultos que buscavam novidades em instrumentos e acessórios musicais, mas, além disso, o que mais tinha na feira?

Mas eis que surge outra questão, desta vez para quem não esteve na Expomusic:

Até que ponto você se deixa levar pelos outros?

Estamos fartos de saber que o marketing mundial dita moda, tendência e comportamento, o que você deve e não deve fazer ou quem deve ou não deve ser (inclusive, ironicamente, a própria mídia nos alerta sobre essa influência). E algumas vezes, pode acontecer de sermos influenciados sem sequer perceber.

Porém os músicos, que nasceram dotados de inspiração para fazer uma arte (música) que poucos dominam, também precisam ficar atentos aos ídolos (ou influências) que têm seguido e quais comportamentos têm imitado. Além do mais, todo músico é formador de opinião e também um influenciador por meio de cada música que compõe ou reproduz.

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Na internet, são milhares de páginas no Facebook, perfis no Twitter e vídeos no YouTube (dentre outros) que dão dicas e ensinam como ser um músico melhor, promover o trabalho como músico e até mesmo a tocar determinado instrumento. Dicas são sempre bem-vindas e aprender com quem tem experiência é muito válido, afinal, nunca saberemos tudo, por mais que queiramos. É preciso estudar, estudar e estudar.

Só que as decisões que você toma em sua própria vida devem ser baseadas no que for melhor para você mesmo. Como dizem por aí: “cada um colhe o que planta”.

Por mais que cada um de nós tenha uma fonte de inspiração, deve-se analisar até que ponto isso nos influencia e se é isso mesmo o que desejamos ser.

Às vezes, deixamo-nos levar por essas influências (como no caso da fila para a roda na Expomusic ou o guitarrista que está em todos os anúncios) e fazemos coisas que sequer sabemos se serão benéficas para nós mesmos. Ou desejamos ser alguém que apenas julgamos ser um exemplo de melhor “personalidade”? Alguns até mesmo desejam ter a mesma vida que os seus ídolos.

Será que isso pode lhe fazer mal?

Há alguns meses, assisti “Os Vingadores: A era de Ultron”; no enredo do filme, a trama acontece em torno dos super-heróis da Marvel (é claro) e da Inteligência Artificial para defesa global criada (ou não) por Tony Stark (o Homem de Ferro): o “Ultron”. Ou o criador verdadeiro seria a Hidra ou alguma inteligência extraterrestre? Para não te contar todo o enredo, mas somente abreviando a moral da história, ao final acontece uma reviravolta quando o Bem e o Mal se chocam entre si na definição dos limites da evolução da raça humana: conseguiremos evoluir sem nos destruirmos antes?

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Visto isso, pense na personalidade que mais te influencia (em vez de pensar em exterminar alguém). É isso mesmo que você deseja ser? É isso o que você espera para a sua vida?

Antes de formar uma opinião a respeito, lembre-se que nem tudo é o que aparenta ser e que nem todas as coisas são boas para todas as pessoas.

Mas afinal, como isso se aplica a você?

O que eu quis dizer desde o começo deste post é que as nossas ações devem ser um reflexo da compreensão que temos sobre tudo e da ideia (própria) que formamos a respeito das coisas, independente da opinião de terceiros. Pode até estar errada ou incompleta, mas é nossa e arcaremos com as consequências se a seguirmos.

A sua capacidade mental é maior do que você imagina. Tire um tempo para refletir sobre o caminho que tem trilhado e as escolhas que fez até agora. Analise o seu ídolo que aparece em diversos vídeos no YouTube:

1- Será mesmo que aquilo tudo o que é mostrado é real, ou há muito marketing envolvido?

2- E aquele grande guitarrista que você é fã número um: a vida dele é tão legal quanto parece?

Você pode começar traçando, a caneta mesmo em uma folha em branco, os reais objetivos que deseja alcançar e quem você espera ser daqui algum tempo (pode visar um ano, ou cinco). Faça cópias e as afixe nas paredes da sua casa, do carro (se tiver) e dos lugares que gostar de ficar. A partir disso, tente imaginar os caminhos pelos quais deseja seguir para chegar onde almeja, anotando-os também.

Busque inspiração, absorva conhecimento, aprenda com todos que puder, mas não deixe que a sua essência se perca em meio a tantas vozes. Aqui no blog tem vários posts muito bacanas para estudar. Enfim, mentalize diariamente os objetivos que escreveu e lembre-se que isso te aproxima de alcançá-los.

Já dizia Nelson Rodrigues: “toda unanimidade é burra”.

Beijão e até a próxima!




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