Customizando Pedais

2016-01-04 - FB

por Dr. Alexandre Berni

Olá pessoal. Aqui é o Alexandre Berni, ou Dr. SANTO ANGELO como muitos de vocês já me conhecem e espero que todos possam ter encerrado o ano passado em Paz e Harmonia. O meu primeiro post de ano novo é mais uma vez dedicado aos guitarristas que estão sempre em busca de novos timbres. Ou seja, todos nós!

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Como parte na “construção” de qualquer timbre pessoal de um músico, os pedais há muitos anos ocupam um lugar importante e são objetos desejados por todos os guitarristas, dos iniciantes aos experts. Logicamente que aprender a tocar melhor, com mais técnica e mais feeling certamente ajuda muito, mas não basta só isso.

Quando o assunto é pedal de guitarra, não importa quantos vocês tem, quantos precisam ou quantos desejam: os “sábios” dizem que os pedais são acessórios que soam bem no dia em que compramos e no outro já não são tão agradáveis assim. O nosso “ouvido” (e cérebro) costuma pregar estas peças.

Isso acontece com todo mundo?

Acredito quem sim com a maioria dos guitarristas. Posso dizer que o meu “timbre dos sonhos” costuma durar cerca de uma semana ou talvez um pouco mais. O fato de estarmos satisfeitos em um dia com um tipo de timbre, mas no outro não e já desejando um outro pedal “salva timbre” é um fenômeno conhecido como Acomodação Auditiva.

O importante é observarmos o limite sadio (tanto para a mente como para o bolso) entre consumir, ostentar ou sermos escravos “das coisas” que temos ou ainda desejamos ter. Muitas vezes, cada pedal parece ser mais irresistível do que o outro, principalmente quando assistimos as demonstrações reais e bem feitas dos “youtubers” ou “reviewers” nas mídias sociais. A pergunta que devemos nos fazer nessa hora é:

Precisamos de mais um pedal como esse?

Devemo-nos “policiar” para não adquirir uma Síndrome conhecida como  GAS (Gear Acquisition Syndrome) – Síndrome da Aquisição de Equipamento. Alguém se identifica?

Também é muito importante lembramos que quanto mais equipamentos colocarmos entre a guitarra e o amplificador, mais o seu timbre vai “sofrer” mesmo se estiver cabos SANTO ANGELO. Você pode compensar com buffers ou boosters, mas o que estará fazendo realmente é adicionar mais perda ao seu sinal de guitarra. E não menos importante, gastando mais dinheiro.

Existem vários posts aqui no blog que tratam sobre o assunto de ruídos e perdas de sinal. Eu mesmo já falei sobre isso, mas nada como a opinião de profissionais no tema como esse post do Rafael Cerqueira. Por isso é que sempre lembro a vocês sobre a qualidade dos cabos que serão usados entre a guitarra, pedais e amplificador. Além de perda de sinal nos condutores, conectores e até no tipo de solda entre eles, cabos ruins não só podem perder sinal como também pode “assassinar” o seu tão sonhado (e procurado) timbre.

E o tema do post sobre customização de pedais?

Já vi que começaram o ano bem apressados, não é mesmo? Então, depois desta breve introdução, gostaria de apresentar o que é a “Customização de Pedais”, também conhecida como “Modificação de Pedais”.

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Acredito que podemos dividir os pedais de efeitos em alguns grupos:

  • Clássicos
  • Clones ou Cópias
  • Inspirados
  • Projetos Inovadores
  • Modificados

Assim no post de hoje estamos falando do grupo 5, ou seja, que a modificação de pedais consiste na substituição de componentes do circuito por outros de melhor qualidade,  permitindo extrair uma melhor performance de um acessório já existente. Quase uma “reciclagem” de um pedal usado.

Desta forma, o produto resultante terá drives mais dinâmicos, timbres mais definidos e com “personalidade” completamente diferente do modelo antigo. Logicamente você precisará ter como “amigo” um bom técnico em eletrônica nesta área, fugindo de pessoas que dizem que “mexem com pedais”.  E adianto para quem interessar que no Brasil existem muito pouco destes profissionais. Felizmente eu já encontrei o “meu preparador de pedais” e com licença da marca que nos apoia aqui no blog, gostaria de apresentar a vocês: estou falando da JRMOD.

Podemos resumir as possibilidades de modificações em:

1) adicionar funcionalidades através de chaves,

2) melhorar ou modificar alguma característica no som,

3) modificar aspectos técnicos e conceituais do pedal

É inegável que a onda mundial dos “pedais de boutique” veio para ficar. Entretanto, com o uso de multiprocessadores de efeitos, com mercado e usuários específicos, os custos podem ser bem “salgados”, mas acredito que a modificação de pedais é uma boa alternativa para adquirirmos “velhos novos timbres”.

Não podemos esquecer dos pedais clássicos que “escreveram” a história do rock nos últimos anos. Hoje em dia, estes pedais perderam seu “brilho” nas prateleiras das lojas ou “descansam” por muito tempo em seus estoques. Se tiver sorte e aproveitar eventuais “saldões”, os preços desses pedais podem ser muito convidativos. Temos como exemplos os pedais da BOSS, Ibanez, MXR, Line 6 e outros.

Qual guitarrista tem ou nunca teve um?  

Seguindo este raciocínio, olhei para os pedais que tenho e ao invés de procurar novos modelos (depois que vi os respectivos reviews no YouTube), resolvi realizar modificações em cada um deles. Escolhi modificar: TS9 da Ibanez, meu Equalizador e “Noise Supressor” da BOSS

Considerando a crise brasileira atual, que não poupa ninguém (mesmo!!) resolvi customizar um pedal de cada vez. Iniciei com o TS9 que para meus ouvidos apresentava um drive um pouco fraco com uma equalização um pouco “anasalada”. Dentro do prazo combinado com a empresa citada, o pedal foi devolvido com a modificação escolhida. Conclusão: agradou-me muito o novo timbre.

Vale a pena lembrar que você deve conversar muito com seu técnico “preparador de pedais” e explicar o que realmente quer, para que ele verifique se é possível. No meu caso, depois de todas as alternativas, a resposta foi sim.

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Assista como ficou no vídeo abaixo:

Em breve, irei comprar um SD1 da Boss a fim de transformá-lo o mais próximo possível de um clássico pedal muito conhecido e clonado e com um preço bem “salgado” – o KLON CENTAUR.

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Assista o vídeo dessa possibilidade:

Gostou do que ouviu? Quem estiver interessado pode contatar a JRMOD é só clicar aqui.

Finalizando, desejo um ótimo ano aos amigos que me acompanham aqui no blog e dizer também que estou sempre a disposição de todos para esclarecer dúvidas, analisar comentários e receber elogios, claro.

Abração e até a próxima.


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