Conhece a plataforma TuneCore?

Olá capacitada leitora e autodidata leitor, tudo bem?

Se você estiver chegando agora ao blog SANTO ANGELO saiba que estamos procurando entender as lições positivas que devemos aprender durante estes duros tempos de enfrentamento à COVID-19.

Dessa forma, para todos ficarem em dia com a programação desta “escola”, sugerimos que leia o post sobre “Streaming” e outro sobre “Desconectar-se” para irem se acostumando com a “professora” Pandemia.

Fique tranquilo porque, como em toda escola, tem sempre um intervalo entre as lições, mas se você pensa que é hora de abrir sua lancheira e descansar, sinto dizer que esse tempo será consumido enquanto caminhamos todos juntos em direção ao Conhecimento.

Nas nossas recentes pesquisas sobre Streaming e Remuneração e o quanto eles mudaram a forma de distribuir e consumir música, como escrevemos neste post, entendemos que está posta uma nova realidade para os músicos, assim como fazer pães especiais está para um padeiro, onde novos conhecimentos são necessários para que o trabalho continue.

Nesse contexto, fomos mais a fundo e descobrimos uma plataforma bem interessante que pode ser um diferencial monstruoso para aqueles que compõe e precisam capitalizar com a distribuição da sua música.

Essa ferramenta chama-se TuneCore.

E como se trata de uma plataforma tipo “Faça Você Mesmo”, lembramos da música “Mão na Massa” de Cristiano Nogueira, que diz:

Tem que pôr a mão na massa

Acender vela, fazer o fogo pegar

Antes de precisar

Apesar de trecho curto, a canção muito transmite sobre o ofício do músico, porque, se não se colocar à disposição da sua música (colocar a mão na massa, ou nas cordas, teclas, etc.) não tem como algo bom acontecer. 

Além disso tudo, você precisa aprender a antecipar os cenários a frente, deixando já planejadas suas ações e “planos B”, no caso de contratempos ou surpresas surgirem (a luz acabar), a “vela estará acesa”.

E falar em planejamento, que tal ouvir esse post e outros conteúdos em formato de podcast, enquanto estiver dirigindo ou realizando outras tarefas? Clique na imagem e experimente.

Este link vai te levar para o Spotify, mas você poderá encontrar nosso podcast em qualquer outro agregador ou tocador de áudio que preferir ou assinar.

Voltando ao tema, vamos seguir nos aprofundando no entendimento do TuneCore, uma plataforma poderosa para quem compõe ou quer que suas músicas cheguem longe e tragam retorno, independente se você faz covers ou for um professor de Música.

Criada em 2005 pelos novaiorquinos Jeff Price, Gary Burke e Peter Wells com a cabeça já antecipando um futuro movimento chamado “F#@& the Gatekeepers” (ou, eu uma tradução Family Friendly “Pro inferno com os porteiros”), o TuneCore visava facilitar o ingresso de músicos independentes em plataformas de venda de música, sem depender das gravadoras tradicionais e que não possibilitavam crescimento à cena “indie”.

As gravadoras eram os “porteiros”

Na época, iTunes e Google Play eram os comerciantes mais comuns de Música online e acabavam exigindo um pouco do músico que tivesse esse “passe de entrada” dos grandes selos. 

Com bastante insistência e negociação, o TuneCore conseguiu entrar nessas plataformas e oferecer o serviço.

O sucesso foi tão imediato que logo em 2006, uma conhecida rede de lojas de música americana (a Guitar Center, conhece? Que entrou em processo de falência no mês de outubro de 2020) comprou parte da empresa e disponibilizou toda uma “mailing list” de compradores de discos, CDs e outros formatos de Música “física”.

Apesar do crescimento vertiginoso e mais de 20 milhões de músicas vendidas no iTunes, a empresa passou por problemas financeiros em 2012 gerados pelo então fundador, Jeff Price, que foi removido da companhia.

Mais 3 anos se passaram até serem adquiridos pela “Believe Digital” de Denis Ladegaillerie, uma empresa francesa que tinha foco parecido, porém especializada em construção de carreiras e audiências. Com essa “fusão” (pois as empresas continuaram trabalhando separadamente) e juntado as tecnologias, o crescimento do TuneCore foi monstruoso.

De julho de 2017 até o final de 2019, a plataforma já distribuiu mais de U$ 1.000.000.000,00 (sim, um bilhão de dólares) para os artistas que escolheram a plataforma. 

Alguns estilos são mais presentes na plataforma, como “Rap” e “Hip Hop”, porém, depois que abriram escritórios fora dos EUA (Austrália, Alemanha, Rússia, Índia e Brasil), um equilíbrio começou a se formar.

A particularidade mais interessante da TuneCore é seu modelo de negócios: o artista, através do seu computador ou smartphone, faz a escolha do serviço que deseja, realiza o pagamento (alguns únicos, outros anuais) e a plataforma faz o resto. 

Ou seja, é um típico “Do it Yourself” (Faça você mesmo) no começo e, depois, automação.

Existem duas possibilidades dentro da plataforma: a venda de música e o publishing.

Na venda de música, eles contam com contratos com iTunes, Apple Music, Spotify, Tidal, Youtube Music, Amazon Music, Deezer, Napster, TikTok e mais 35 plataformas similares. Como você fez o pagamento no upload do seu álbum ou música, toda a receita que virá é sua, sem descontos da plataforma.

Com a distribuição massiva em diversos serviços de venda e streaming musical, as possibilidades de que sua obra chegue à confins do mundo, nunca dantes imaginados, é muito grande. E claro, quanto mais gente você atingir, maior será sua futura receita.

Já no formato Publishing, você cadastra suas composições originais e, independente de onde elas forem tocadas, receberá diretamente pela sua obra. 

Eles cobram uma taxa inicial de configuração para seu ISRC e depois entre 15% a 20% de taxa sobre cada sincronização ou execução, ou seja, sempre que sua música for tocada por outras pessoas, você receberá 80% a 85% das receitas.

Além disso, uma equipe de Publishing está sempre à postos para oferecer as composições para séries de TV, cinema, comerciais, videogames e muito mais. 

E isso tudo ainda somado às plataformas do Believe. Bacana isso, não é?

E como se não bastasse tantas vantagens, eles ainda tem uma parte de serviço para artistas que desejam licenciar músicas para fazer covers (e ter parte da receita na execução), além de masterização com ganhadores do Grammy, plataforma de reviews para entender onde sua música funciona, programador de mídias sociais, editor de vídeos, criador de sites, distribuição em rádios analógicas e até, empréstimo pessoal.

É uma plataforma completa que pode alçar qualquer carreira à voos mais altos e longos.

Claro que a gente não pode deixar de falar dos preços do TuneCore. 

Subir um álbum completo que será disponibilizado em 150 plataformas digitais pelo mundo, custará U$ 29,99 no primeiro ano e U$ 49,99 nos demais (em valores de outubro de 2020, mais ou menos R$ 168,00 e R$ 281,00 respectivamente). Caso você entenda que seu álbum ficará “ad eternun” na plataforma, eles oferecem opções para mais anos de contratação com bons descontos.

Singles custam U$ 9,99 (aproximadamente R$ 56,00) e se quiser subir uma música como ringtone (toque de celular, e sim, eles podem ser uma ferramenta promocional fortíssima) ela custará U$ 19,99 (aproximadamente R$ 112,00).

No serviço de Publishing, a taxa única para composições é de U$ 75,00 (R$ 421,00 mais ou menos) e se quiser só para Youtube, fica U$ 10,00 (R$ 56,00). 

E por último, aquela plataforma de programação de mídias sociais custa U$ 7,99 mensais
(R$ 44,50, até mais barata que plataformas parecidas).

O TuneCore oferece um leque incrível de possibilidades que dariam bastante trabalho se os serviços fossem assinados separadamente em empresas diferentes (fora um sem número de logins e senhas que você precisará lembrar). 

Como a letra da música no início do post cantou “tem que pôr a mão na massa”, então, entre no site se gostou do que leu até agora, lendo mais sobre os serviços e onde eles podem te atender.

Nossa missão, aqui no Blog SANTO ANGELO, é sempre estar de olho nas tecnologias que impactam diretamente a vida dos nossos leitores e trazer uma curadoria dessas descobertas para que você, munido de conhecimento, possa tomar as mais corretas decisões na sua ascensão musical, quer seja profissional, quer “hobbista.

Aproveita agora que o recreio da teacher Pandemia acabou para nos contar: já conhecia o TuneCore ou alguma plataforma parecida? Já se aventurou com suas composições em ferramentas desse tipo? E se o fez, teve seu trabalho reconhecido e devidamente monetizado?

São com essas experiências que construímos uma comunidade musical mais forte, que sabe para onde ir e que aprende mais e mais com os relatos entregues nos nossos posts.

 A gente não descansa enquanto não ver cada um, dos leitores que nos acompanham, com suas carreiras bem definidas, sejam elas como hobbistas, professores, compositores, intérpretes, produtores, etc. 

Que nosso esforço ajude para que você “faça por si mesmo” e lhe traga o sucesso que deseja.

Certos de que nos veremos, licenciados e distribuídos mundialmente, com saúde, na semana que vem, nos despedimos.

Um abraço!

—-

Dan Souza (IG: @danhisa) é músico, podcaster (IG: @somnascentepod), profissional de Marketing, Relações Artísticas, Branded Content e Music Business, formado pela UNINOVE.
PODCAST
Effects: Activision, Apple, Toei Animation, Tunecore & Youtube (Arquivo CC).
Music: “Make Yourself” de Incubus, “Mão na Massa” de Cristiano Nogueira, “MUSIC” de SID, “Paris” de The Chainsmokers, “Ride” de Twenty One Pilots & “S” de SID.

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