A relação do músico com as mídias sociais: quantas ter?

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Olá pessoal, tudo bem?

Nem preciso dizer novamente que vivemos na era digital, que as mídias sociais dominam a atenção dos consumidores (sejam eles pessoas ou empresas) e quais são as forças e fraquezas de cada rede social, certo?

O ponto é: quem não tem, normalmente não é visto pela Humanidade.

Essa febre, sempre acaba criando e destruindo certas mídias sociais, como foi o caso do Orkut e mais recentemente a Vine, plataforma de vídeo (pertencente ao Twitter) extinta em outubro de 2016.

Mas, como dizia Lavoisier “na Natureza nada se cria, tudo se transforma” a saída do Vine certamente possibilitará o surgimento de novas mídias nos próximos anos.

Trazendo para tempos mais recentes e opinião igualmente desafiadora, o Ramon Canales, sócio-fundador do Fleeber, acrescenta:

“Em tempos de “mimimi“, poucas pessoas têm atitude e visão de perceber que existe muita coisa nova, boa e dedicada para ajudar o mercado (musical) como um todo.”

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Ou seja, algumas iniciativas estão focadíssimas em criar novas possibilidades segmentadas para galeras específicas dentro do conceito de mídias sociais, como é o caso do próprio Fleeber voltado para músicos de todos os níveis.

Assim, pensando em quais redes sócias vale a pena investir seu tempo e dedicação, traduzimos o texto “Você precisa estar nessa nova plataforma de mídia social?” (Do you need to be on that new social media platform?” no original) escrito pelo Jack Simpson, colunista e gestor de conteúdo para a Universidade de Harvard.

Tomamos a liberdade de adaptar aqueles conceitos para o mundo da música, uma vez que nós, músicos, precisamos conciliar treinos, shows, composições e estudo com a produção de conteúdo relevante em mídias sociais (sejam elas Facebook, Youtube ou qualquer outra) que realmente alavanquem nossas carreiras.

Confira os tópicos a seguir e reflita:

  1. Quem são os usuários atuais de uma determinada mídia social?

Essa é a questão mais importante de todas, pois a resposta vai ajuda-lo a determinar qual canal vale a pena explorar ou não.

Se o perfil dos usuários da mídia se encaixa no seu objetivo certamente vale a pena olhar mais profundamente, mas obviamente se os seus consumidores (fãs) não estão usando a plataforma você nem precisa se aprofundar mais.

O que você precisa saber desses usuários então? Primeiro você precisa saber se eles são fãs em potencial ou não.

Se há pouca chance deles te acompanharem e irem aos seus shows e workshops seria você um acéfalo desperdiçando seu tempo com eles.

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Você também pode se perguntar se há pessoas na plataforma que têm a capacidade de influenciar seus potenciais fãs e se você poderia trabalhar com eles para ampliar o seu conteúdo.

  1. Qual conteúdo funciona melhor nesse rede?

O próximo passo é estudar o que estão publicando na rede social e ver o que as pessoas interagem ou compartilham mais.

Alguns pontos são óbvios – o Instagram adora imagens atraentes, por exemplo – mas há outros fatores a serem considerados.

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Toda plataforma tem seu ecossistema único, e você precisa entender quando você produz conteúdos que se encaixam nesse ecossistam e o quanto você está forçando que ele se encaixe.

A última opção é não começar. Não existe nada mais chato do que alguém tentando se encaixar onde claramente não se encaixa.

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Alguns tipos de conteúdo simplesmente não funcionarão com você, e isso deve ajuda-lo a pensar qual plataforma de mídia social vai funcionar.

  1. Seu conteúdo pessoal se encaixa no conteúdo geral dessa rede?

Depois de avaliar o tipo de conteúdo que funciona bem na plataforma, você será capaz de descobrir se você pode reorientar o conteúdo que você já tem ou se você precisará criar conteúdo completamente novo para a nova mídia social.

Honestamente, acho que a resposta deve ser sempre a última.

Algumas pessoas podem discordar nesse ponto, mas para mim os dias de simplesmente publicar a mesma imagem ou vídeo em várias plataformas estão mortos há muito tempo.

Você sempre deve tentar criar conteúdo exclusivo para cada uma das redes sociais em que seu perfil está ativo, mesmo que esteja apenas ajustando as coisas que já produziu.

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Se você tem conteúdo relevante que pode ser ajustado para se encaixar nessa nova plataforma, ótimo. Isso certamente vai tornar sua vida mais fácil e você poderia, talvez, decidir-se mais facilmente sobre um novo canal.

Mas de qualquer forma isso, inevitavelmente, significa que mais tempo e recursos serão necessários para cada nova mídia social que você quiser assumir.

O que me leva à próxima pergunta …

  1. Quanto tempo e recursos eu precisarei para ter uma participação efetiva nessa plataforma?

Se você já se decidiu que os usuários da nova “social media” poderiam potencialmente ser fãs/alunos/parceiros ou poderiam influenciá-los, seu conteúdo se encaixa com o que já está funcionando bem por lá, então é hora de descobrir se você pode realmente dedicar tempo e recursos suficientes para fazer valer a pena.

Não te dá pontos abrir uma nova mídia social e simplesmente sair postando uma ou duas vezes por dia, esperando o melhor.

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Se você está assumindo uma nova plataforma, você precisa de tempo para se engajar corretamente com a comunidade e ter um plano de conteúdo sólido para fazer isso, o que requer uma quantidade razoável de tempo e recursos.

Seria o caso de contratar alguém (ou uma equipe) para assumir esse trabalho extra? Ou você vai precisar de mais recursos? Ou até terceirizar para uma agência?

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A quantidade de recursos adicionais necessários para ter sucesso em uma nova plataforma irá, em primeiro lugar, ajudá-lo a determinar se o investimento extra vale a pena, mas também se é uma opção viável em tudo.

  1. Onde eu acho o retorno?

A pergunta final, que é provavelmente a mais difícil de responder, são as finanças.

Mas enquanto você não for capaz de ter retorno financeiro nessa nova plataforma de mídia social, há uma série de outros fatores que podem ajudá-lo a determinar se vale a pena prosseguir.

A exposição do seu trabalho como músico a uma nova audiência é um exemplo. Muitas marcas se aventuraram no Snapchat por isso mesmo, uma vez que é uma das redes mais eficazes para se envolver com um público jovem e socialmente ativo.

Há diversas maneiras diferentes para você medir o sucesso em um canal de mídia social, e tudo se resume, a saber, antecipadamente, o que você realmente quer conseguir com uma nova plataforma e o que é importante para a sua carreira e objetiva na música.

Se um novo canal de mídia social é uma possibilidade que fornecerá algo em troca de seu investimento (de tempo, cérebro e dinheiro), e você tem o conteúdo, tempo e recursos para dar continuidade, então, boa sorte para você.

Mas eu aconselho fortemente que, antes de abrir uma nova mídia, você tenha respondido a estas cinco perguntas detalhadamente.

Espero que você tenha conseguido absorver essas questões e que elas te ajudem na decisão futura de ingressar ou sair de alguma mídia mais segmentada (ou mesmo em uma geral).

Recomendo que fiquem de olho no blog, pois falarei sobre a parte ruim das mídias sociais: o poder viciante que elas exercem sem que você possa perceber.

A gente se vê em breve.

Dan Souza é Relações Artísticas, Baixista e fissurado em tecnologia e música, além disso, é apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, atualmente é CMO da equipe de Marketing da Santo Angelo.




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