Cursos PresenciaisX EAD? Qual a diferença?

Olá pessoal, tudo bem?

Quem tem acompanhado os posts do blog SANTO ANGELO ultimamente, notou o quanto desafiei nossos leitores a pensarem grande (cursando uma universidade de Música no Brasil ou no exterior) quanto localmente (via cursos ou ebooks online).

Claro que contei com ajuda de profissionais em cada ramo, como o professor Djalma Lima  e os endorses Mateus Starling , Sasha Z  e o Fúlvio Oliveira

Claro que não pretendo (tampouco meus convidados articulistas) a sermos donos da Verdade e por isso achei que opiniões diferentes são sempre bem vindas para que todos nós possamos evoluir juntos, não é mesmo?

Por isso, convidei o pessoal docente do Conservatório Souza Lima, um “parceiraço” da SANTO ANGELO de muitos anos, para que contribuíssem com nosso tema. Afinal, todos os alunos do Souza Lima tocam com cabos SANTO ANGELO nas salas de aula.

Espero que aproveitem muito as opiniões do professor João Marcondes que se auto apresentará a seguir.

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Fala galera, tudo certo?

Aqui é o João Marcondes, coordenador pedagógico e assistente de direção do Conservatório e Faculdade Souza Lima. É um enorme prazer poder compartilhar conhecimentos com os leitores do blog SANTO ANGELO.

Bom, eu sou guitarrista, violonista, técnico em guitarra e graduado em Música, com especialização docente em Música Brasileira, com mestrado em Educação, Arte e História da Cultura.

E para quem está lendo esse primeiro artigo e quiser conhecer outros posts que já escrevi, pode acessar o blog Souza Lima  onde atuo como editor e autor. E para ficarmos no tema do blog SANTO ANGELO recomendo essa leitura 

Ou então, saber mais sobre meu trabalho musical, basta acessar alguma plataforma Streaming tais como o Spotify, iTunes Music ou Deezer. Especialmente aos guitarristas recomendo o disco “Descompassado – João Marcondes Quinteto” que lancei em 2014.

E agora que você já me conhece, vamos falar sobre as vantagens e desvantagens de cursar Música em um programa de Educação a Distância (EAD) de nível superior.

Isso pode até parecer redundante, mas o MEC (Ministério da Educação) consolidou em sua matriz curricular a obrigatoriedade das faculdades presenciais (onde o aluno deve comparecer pessoalmente) oferecerem ao menos um módulo EAD por semestre e limitado a 20%  do que compõe a graduação presencial. Há então um processo que considera a era digital como fundamento da educação contemporânea. Mas vamos por partes:

Bacharelado com módulo EAD

Alguns programas universitários, como o próprio Souza Lima, ainda não oferecem modalidade EAD. No entanto, é inegável que a Educação a Distância tem se tornado percurso inevitável.

Para o MEC já há um prazo imposto, para as instituições de ensino regular, se adaptarem e cumprirem nos próximos anos a orientação. Embora haja ainda certo valor facultativo na possibilidade de incluir EAD.

Infelizmente algumas instituições de ensino superior tem utilizado esse precedente para diminuir os custos operacionais, empobrecendo seus programas. Coisas do Brasil…

Exclusivamente EAD

Vamos estabelecer primeiramente que o modelo EAD trata dos cursos universitários registrados em vídeo, apostilados, e que possuem interação normalmente com monitores em um portal, sob a supervisão de um docente.

Um programa exclusivamente a distância tem seus pontos positivos e poder realiza-lo, em qualquer ambiente, é um fator preponderante.

Estar livre para cumprir essa jornada, sem comprometer a agenda com uma rotina diária, parece muito atrativo. Imagine considerar a possibilidade de rever a abordagem pedagógica inúmeras vezes, procurando ao máximo extrair ou consolidar o conteúdo do programa.

Dessa forma, entendo que esses programas são possíveis com conteúdos teóricos, mas há aqueles que descartam a priori a prática como linha de aprendizagem.

Por exemplo, a prática de um instrumento em nível universitário possui valores muito diversificados, que visam atender individualmente cada estudante alinhado a uma matriz curricular ou a um programa que se estabelece de maneira diferenciada e, de certo modo, fundamental.

Veja que há programas no modelo EAD, integrais (com avaliações presenciais) apenas no plano da Licenciatura em Música, mas não há programa de Bacharelado com esse perfil.

O bacharelado deve recorrer ao modelo EAD, como apontado anteriormente, pontualmente, em um módulo mínimo por semestre, para usufruir de uma integração com a era digital.

Assim, o curso de Bacharelado permanece presencial e não há muitos movimentos para atingir integralidade nesse tipo de programa.

Tem dúvidas sobre as diferenças entre Bacharelado e Licenciatura? Consulte esse post  que escrevi para o blog Souza Lima.

Então, na escolha de realizar Licenciatura em Música ou Educação Musical exclusivamente à distância, o principal ponto negativo está na inteiração entre os demais participantes.

A carreira do músico depende de network e esses contatos começam no curso livre da escola de bairro, passam para o Conservatório e culminam na faculdade.

Isso infelizmente um programa EAD não desenvolve. É uma perda considerável.

Um segundo ponto negativo está na inteiração como ponto reflexivo. Uma pergunta de um outro estudante pode trazer esclarecimentos às suas dúvidas.

Aí, alguém poderia pensar: mas há os portais, fóruns dentro do modelo EAD, certo João?

Sim, eles existem, mas o contato com o docente é indireto!

E pela experiência que tenho como coordenador pedagógico e responsável por montar o corpo docente de novas unidades do Souza Lima (como Lençóis Paulistas e Ribeirão Preto, Núcleo Paineiras), tenho percebido nos candidatos a docente que a participação a esses fóruns EAD é mera convenção.

Muitos o fazem por ser obrigatório. Em comparação, a participação em aula em um curso presencial é direta.

Cursos via Skype, Whatsapp ou outros apps ainda não criados.

Não há uma nomenclatura precisa para o modelo de curso que realiza um encontro letivo – entre professor e aluno, utilizando algum aplicativo de comunicação.

Não se trata propriamente de um programa EAD.

Como estudante e docente, utilizei desses recursos tecnológicos e posso garantir que a experiência foi reconfortante.

Claro, se perdem algumas questões, como por exemplo: tocar junto.

Em uma prática de Improvisação esses aplicativos não permitem (ainda) essa comunicação mútua, embora se perceba uma notável melhora de um ou dois anos para cá.

Conclusão

Enfim, considero funcional o modelo de programa EAD que tem gerado intercâmbio e acesso a estudantes e docentes do mundo.

Espero ter atendido as expectativas sobre o tema nesse meu primeiro artigo e me coloco a disposição para responder dúvidas e comentários tanto aqui no blog e nas redes sociais da SANTO ANGELO como no blog e também nas redes sociais do Souza Lima.

Mais uma vez agradeço ao convite para compartilhar minhas ideias com vocês e em nome do Conservatório e Faculdade Souza Lima convido a todos para conhecerem nossos campus e metodologia de ensino.

Até breve!

Nós quem agradecemos, professor João Marcondes, pelos esclarecimentos e esperamos vê-lo mais vezes escrevendo para a nossa galera.

Abraços e até a próxima!

Lygia Teles, é Relações Públicas e especialista em Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.

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