Inversão de acordes
por Tacio Cabral
E aí pessoal, tudo ótimo?
Continuando meus posts aqui no blog SANTO ANGELO, hoje vou falar de um assunto que não tange somente ao violão, mas também pode ser usado na guitarra, tecnicamente falando, e em qualquer instrumento, teoricamente falando: a inversão de acordes.
A imagem acima, que coloquei para ilustrar, é apenas uma brincadeira de como, de forma divertida, se inverteria um acorde o colocando de ponta cabeça. Espero que a piada tenha funcionado, rs…
Vamos à aula!
Imagino que você, como músico, deve conhecer bem os acordes, ou pelo menos a montagem deles. As tríades (maior, menor, diminuta e aumentada), que são mais frequentes, são constituídas de três notas distintas (como exemplo no acorde de C, teríamos C, E e G). Já as tétrades, adicionam uma nota a mais, normalmente o sétimo grau (maior ou menor). Mas isso você está cansado de saber.
Além disso, lembramos que a 1ª nota, ou tônica, é que nomeia o acorde. Se ela é um G, logo, teremos o acorde de Sol.
A inversão consiste em você transportar outra nota, pertencente ao acorde, para o baixo (nota grave). Vamos estudar no acorde de G maior, que possibilita quatro inversões diferentes.
Acorde de G maior:
A primeira inversão possível neste acorde é colocando a 3ª (terça) no baixo. Sendo assim, na escala de G, a terça nota é B. O acorde que formamos é G/B, que fica assim:
A segunda inversão é colocando a 5ª (quinta) no baixo do acorde. Na escala, a 5ª de G é D. Logo, teremos G/D que é construído dessa forma:
A terceira e quarta inversões são muito parecidas, pois, formada a partir das tétrades, podem utilizar a 7ª maior ou a 7ª menor dando sensações diferentes (às vezes até soando de forma a parecer errado).
Quando a inversão é montada com a 7ª menor, que é mais agradável ao ouvido, temos o acorde de G/F:
Já com a 7ª maior (que às vezes pode soar diferente), a inversão gera o acorde de G/F#:
Um adendo: Na partitura, a inversão fica de forma bem visível, quando a nota mais grave sobe uma oitava no pentagrama. Confira:
Parece simples, não é?
Esse estudo consome bastante tempo e recomendo que você faça-o sempre com seu violão, guitarra ou teclado por perto. É um exercício bem interessante para decorar as notas no braço e acostumar-se com sonoridades diversas. Existem vários outros “shapes” ou desenhos quando você inverte os acordes que você irá descobrir e se adaptar ao que mais se adequa ao seu tamanho de mão ou forma de tocar.
O importante é manter o estudo em dia, sempre descobrindo novas possibilidades sonoras no seu instrumento e claro, aplicando-as sempre que conseguir. Só assim você se tornará um músico mais completo.
E se acharam pouco, falem com seus professores, estudem por conta própria e procurem saber mais na internet, é um conhecimento vasto e delicioso de se aprender.
Bom, é isso, pessoal. Espero que tenham gostado deste post. Quaisquer dúvidas, deixem comentários aqui no blog ou nas mídias sociais da SANTO ANGELO (Facebook, Twitter e Instagram) ou no meu Blog. Compartilhe com seus amigos que tocam esse conhecimento.
Um abraço e até a próxima!
Fonte: Tacio Cabral