Fazer o que gosta ou gostar do que faz?
Olá Pessoal, tudo bem?
No meu post anterior, falei um pouco sobre ser feliz por estar com quem se gosta ou em assumir as próprias escolhas.
E quando essas escolhas envolvem viver ou não da Música?
Falar sobre Felicidade no trabalho é algo complexo, já que para muitos de nós, a decisão da carreira profissional está diretamente atrelada à conta bancária.
Se você é muito jovem, essa escolha para viver da Música pode ser óbvia, mas pela minha experiência com os leitores do blog SANTO ANGELO e com nossos amigos nas redes sociais, sei que muitos escolheram desistir de viver da Música devido às necessidades financeiras, optando por outras profissões.
Percebem que não estou julgando ninguém, mas quero falar hoje sobre a diferença entre se fazer o que gosta e gostar daquilo que se faz?
Quando era criança, fui sempre incentivada pelos meus pais, assim que atingisse a maioridade, a fazer tudo aquilo que gostava e que me era prazeroso. Dessa forma, o sucesso será decorrente.
Contudo, quantas pessoas não podem fazer o que gostam? Será que elas também não almejam o sucesso?
Pelo contrário, quantas histórias você conhece de médicos, advogados, engenheiros (e tantos outros profissionais) que gostam do que fazem, mesmo não estejam, a priori, fazendo o que gostam?
Talvez esta seja uma das maiores dúvidas ao escolher uma carreira: devo fazer o que gosto ou gostar do que faço?
Voltando ao tema, acho que essa pergunta deveria ser feita de outra forma: devo escolher a Felicidade ou estar entre aqueles que preferem fingir que são felizes?
Felicidade não está relacionada à realização material. E quem pensa o contrário, deixa-se ludibriar pelo equívoco.
Muitos atrelam a Felicidade ao dinheiro, mas esses, penso, são literalmente infelizes. No máximo conseguem ir ao shopping (ou à uma loja de Instrumentos Musicais) e de lá sair cobertos de sacolas, mas nenhuma delas conterá algo que não tem preço: a realização que surge quando se faz aquilo que se gosta.
Até porque, realização jamais esteve à venda. E nunca estará.
Já ouviu refletiu sobre o sentido da felicidade?
Na letra da música “Felicidade”, do Marcelo Jeneci, a resposta para essa pergunta é definida pela simplicidade do nosso cotidiano.
Porém, não podemos ser extremistas de achar que o dinheiro não é necessário. Pelo contrário, ser bem sucedido financeiramente é importante para cumprir os compromissos, mas não pode ser o vetor mais importante da vida do ser humano.
Mas, você já parou para pensar que trabalho e felicidade podem caminhar juntos, ainda mais quando se trata de Música?
No meu caso, no trabalho com Relações Públicas, posso afirmar que sou feliz porque faço o que gosto. Amo o que faço. E faria tudo outra vez, se preciso fosse. Com os mesmos erros, pois deles sou o melhor produto.
Ouso dizer, apesar da redundância poética, que é preciso fazer com muito amor aquilo que se ama. Assim é a minha relação com as palavras e a comunicação: uma relação de amor incondicional.
Entretanto, sei que o trabalho de um músico é árduo, porque são horas e horas de ensaios todos os dias para aprender um novo acorde ou técnica.
Além disso, um músico deve dominar inúmeras habilidades como: gerenciar a própria carreira, cuidar da própria imagem, reputação e interagir com os seus públicos nos mais variados canais e plataformas.
Por isso, talvez a questão de fazer o que gosta esteja conectada ao empreendedorismo, visto que empreender é realizar sonhos, fazer o que sempre teve vontade.
É claro que, quando fazemos o que gostamos, acabamos, por tabela, gostando do que fazemos. Seria até contraditório que isso não ocorresse, imagine um professor que não goste de dar aulas, que não goste de ensinar, possivelmente ele não gosta do que faz.
OK, você pode não gostar de dar aulas de Música, mas nosso blog está cheio de lições e opções de empreendedorismo na área musical, como bem destacou nosso CEO nesse post: Ou seja: alternativas existem no Music Business.
Empreender é o sonho de muitos brasileiros e brasileiras porque está no fato de remeter à liberdade.
Uma pessoa que faz o gosta, terá o sentimento de liberdade aflorado, enquanto que aquela que não o faz, sentir-se-á presa, como se faltasse oxigênio para respirar.
Já quando a pessoa faz o que gosta, trabalha mais feliz e sente saudades do trabalho. Ela trabalha com prazer, tanto, ou até mais, do que quem gosta do que faz.
Trabalhar naquilo que se ama exige muitos sacríficos e o preço é alto, porém a realização e satisfação pessoal de um trabalho bem feito são o que levam emoção e arte para as outras pessoas.
Assim, nessa importante escolha que só cabe a você, não encare a felicidade como algo inatingível e sim como uma meta a ser atingida todos os dias.
Encare sua carreira, qualquer que seja ela, como um caminho para buscar a excelência e satisfação naquilo que se faz.
O sucesso surgirá como consequência de algo feito com dedicação, amor e garra.
Abraços e até a próxima!
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Lygia Teles, é Relações Públicas e especialista em Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.