Music Business em alto mar: CarnaRock 2016

Blog_Isa Nielsen

Você já deve ter percebido que a maioria, senão todos os nossos posts têm “batido” no tema de como se dar bem na carreira musical, não é?

Ou seja, quer você toque um instrumento musical ou simplesmente acha que pode empreender um negócio dentro da Música, será sempre bem vindo para conhecer nossas dicas e interagir com a galera que considera o blog SANTO ANGELO um caminho sem custo e bacana para chegar lá.

Para relembrar, nesse post nós abordamos as oportunidades de trabalho nos navios que cruzam o mar na costa brasileira e sulamericana durante os verões, como esse da Costa Cruzeiros em parceira com a Rádio Kiss. Esse cruzeiro temático navegou pelo litoral brasileiro durante os dias 6 e 13 de fevereiro de 2016. Foram sete dias de puro rock’n roll com as bandas: “Plebe Rude” e “República”, os covers “Zoom Beatles” e “U2 Cover Brasil”, além do grupo “Detonator e As Musas do Metal”.

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Para conhecermos mais sobre essa experiência, convidamos nossa endorsee, a Isa Nielsen, que além de professora independente de guitarra e violão, também é a guitarrista na banda “Detonator e as Musas do Metal”.

Confira a entrevista e aproveite as dicas!

SANTO ANGELO: Como foi a sua interação com os demais tripulantes?

ISA NIELSEN: Excelente! Foi um prazer conviver com artistas e bandas incríveis como: República, Plebe Rude, Zoom Beatles e o U2 Cover Brasil.

Tive a oportunidade de conhecer os músicos que trabalham diariamente no navio e ouvir sobre suas experiências, trajetórias profissionais e planos. Além disso, apreciar e aprender como eles aproveitaram a oportunidade de viajar e conhecer o mundo por meio da música. Portanto, a interação foi muito positiva já que os músicos que vieram pela Kiss FM e pela Companhia Costa Pacífica elogiaram muito o nosso show, o que me deixou muito feliz e lisonjeada.

SA: Como foi o envolvimento da banda com o público do cruzeiro?

IN: De maneira geral, foi diferente do que acontece nos nossos shows convencionais, porque geralmente tocamos em uma determinada cidade e poucas horas depois do show retornamos para São Paulo.

Carna Rock

Porém, como ficamos no navio durante seis dias, convivíamos com as mesmas pessoas diariamente. Durante o evento, tocamos duas noites, uma no teatro principal, e outra no palco que ficava na área da piscina. Era muito divertido perceber que algumas pessoas nos acompanharam e prestigiaram nosso trabalho durante o cruzeiro.

SA: Quantas horas de ensaio em função do repertório?

IN: Sempre fazemos mais de um ensaio durante a semana, quando temos shows. Porém, como tocamos na Campus Party na semana anterior do evento, já havíamos praticamente ensaiado para todos os shows do cruzeiro.

SA: Como foi a recepção dos fãs da banda?

IN: A recepção foi excelente, não só dos fãs. Houve uma interação das pessoas que trabalham no navio: garçons, camareiras, restaurante, a equipe inteira de staff, enfim, todos extremamente simpáticos. Foi uma experiência muito interessante e rica, porque conheci pessoas muito boas.

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SA: Neste sentido, passou por alguma situação constrangedora?

IN: De forma alguma. Todos foram muito respeitosos com todas nós, durante todos os dias.

SA: O público pedia muitas músicas? Rolou improviso?

IN: Fizemos uma JAM session com o pessoal do República, o Bruno Sutter e eu tocamos “Ace of Spades” do Motörhead e foi sensacional! Durante o show, fizemos improviso com a música: “Pirá, Pirá, Pirô” do Hermes & Renato e isso foi muito divertido porque passei boa parte da minha adolescência rindo muito com eles.

SA: O que você achou da experiência? Iria novamente para alto mar?

IN: Claro! Posso ir amanhã mesmo? Rs.. Uma experiência ótima e sinceramente adoraria fazer de novo. Durante nossa estadia, tudo correu extremamente bem, desde a comida até o serviço de quarto. A academia tinha ótimos equipamentos e o som do palco no teatro era exemplar. Sem contar a decoração temática do navio: era Clave de Sol para todos os lados, lindo demais.

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SA: Você pensa que as mídias sociais e o trabalho que você e a banda realizam online contribuíram para esse embarque?

IN: Com certeza! Nós utilizamos muito as mídias sociais para divulgarmos os trabalhos da banda e também para interagir com os fãs. Hoje em dia é fundamental para uma banda ou artista utilizar todos os canais possíveis de comunicação. Acredito que isso sempre nos ajuda, porque os fãs estão sempre ligados, compartilham nossos vídeos e comentam bastante.

SA: Além do prestígio, você acha que valeu a pena financeiramente?

IN: O cachê da banda é fechado, sempre vale a pena. No navio foi diferente porque além do cachê, ganhamos os sete dias de viagem. Para quem pretende seguir nesse caminho, conversei com alguns músicos que trabalham diretamente para as companhias de cruzeiros e financeiramente compensa. O contrato é fechado por período determinado com possibilidade de prorrogação, já o salário é pago em Dólares Americanos ou Euros.

SA: Você acredita que tocar no navio trará oportunidades de trabalho e networking?

IN: Acredito que sim! Neste tipo de evento conhecemos muita gente, apresentei meu material e os objetivos para este ano.

SA: Você utiliza o LinkedIn como ferramenta para atrair novos contatos?

IN: Sim, é uma ferramenta importante. Porém, estou fazendo um planejamento para utilizá-la melhor e ampliar minhas conexões. Acredito que seja uma ferramenta diferente, pois atraímos um público mais específico com possibilidades de networking.

SA: Quais conselhos você daria para nossos leitores que desejarem seguir seu exemplo de tocar em cruzeiros temáticos?

IN: Sempre acreditei que os melhores conselhos são aqueles que levamos pra vida toda. Carrego comigo um conselho que recebi dos meus primeiros professores: pontualidade, profissionalismo e gentileza são premissas básicas para qualquer um que quer fazer um trabalho sério e relevante.

Música é Disciplina. É cuidar da sua carreira, da sua musicalidade e também da sua imagem. Construímos este trabalho com muito cuidado, e devemos plantar muito bem (e sempre) com regularidade. Esse é um conselho que deixo pra todos os músicos, especialmente pra quem pretende tocar em cruzeiros.

Isa Nielsen

Podemos observar um grande nível técnico por parte dos músicos e grande exigência por parte do público.

Ficou animado com a experiência da nossa endorsee?

Não precisa ficar apenas sonhando, a receita é simples: dedicação e planejamento são as palavras chaves para um músico de sucesso.

Obrigado, Isa Nielsen, por dividir sua experiência com a gente. Se alguém de vocês tiver qualquer dúvida sobre essa entrevista com ela é só comentar aqui no blog, nas redes sociais da SANTO ANGELO ou da própria Isa Nielsen.

Abraços e até a próxima!

Lygia Teles, é Relações Públicas,  formada pela Faculdade Belas Artes e pós-graduanda em Gestão de Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da  SANTO ANGELO.




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