Músico e comerciante: quem sabe dá certo?
Fala pessoal, tudo bem?
Estamos às portas do final desse 2016, ano que não deixará saudades. Muitos de nós tivemos que abrir mão de sonhos além de criarmos formas inovadoras para superar a crise econômica e política.
No entanto, essa época também oferece ótimas oportunidades para arriscar e vencer o medo de viver da Musica para quem ainda não deu esse passo.
Explico: quanto mais perto chegamos das festas de natal e ano novo, mais o comércio começa a se mover na contratação de funcionários temporários.
Segmentos que se encontram comumente dentro de shoppings como vestuário, perfumaria e beleza ou lojas de departamento em geral são os ramos mais procurado para esses trabalhos nos períodos de festas, visto que a população recorre bastante a essas lojas para comprar os presentes de Natal.
Apesar de sabermos que instrumentos musicais e acessórios não são os produtos mais cotados para presentes (roupas sempre são as campeãs), as lojas do Brasil acabam contratando alguns funcionários extras para atender os clientes que optam por presentear com “música”.
Mas o que isso contribuiria com um músico?
Pensando nessa pergunta, listarei alguns pontos importantes caso precise aprender (ou melhorar) como lidar com o público e usar dessa experiência para seus trabalhos futuros.
1 – Você vai conhecer muita (mas muita) gente!
Só de entrar como funcionário de uma empresa já vai fazer sua network crescer em, pelo menos, 5 pessoas (seus colegas de trabalho). Conforme você for atendendo os consumidores, recolhendo seus e-mails e telefones, o crescimento pode ser exponencial.
Se a oportunidade for de trabalhar numa loja de instrumentos musicais melhor ainda porque é muito especial a forma do atendimento.
Você acaba conversando bastante com o cliente e criando um vínculo, no qual ele vai falar o que gosta de ouvir, se tem banda, etc. Em contrapartida, durante o papo, você acabará falando sobre o que você faz fora da loja (banda, produções, aulas).
Aproveite e troque contatos em redes sociais, que podem ser de massas (Facebook e outras) ou de Nicho ou Segmentadas como nesse post.
2 – A loja ensinará muito para sua carreira.
Processos, controle de planilhas do Excel, técnicas de negociação, atendimento e fechamento. A estrutura das lojas exige uma série de conhecimentos para que você desempenhe bem o trabalho.
Organização é essencial.
Esses conhecimentos podem muito bem ser utilizados na sua carreira musical. Organizar sua lista de contatos pode deixar muito mais fácil a divulgação de algum trabalho.
Negociação traz novas possibilidades para você fechar shows, workshops e novos alunos. A ordem dos processos de uma venda pode te ajudar até a organizar seus ensaios, para aproveitar melhor o tempo no estúdio. Conhecimento nunca é demais.
3 – Uma grana extra cairá muito bem.
Normalmente as lojas trabalham com comissionamento dos vendedores. Imagino que a média esteja entre 3% e 5%, ou seja, para cada guitarra Gibson que você vender (no valor de R$ 5.000,00), sua comissão será de R$ 150,00 a R$ 250,00.
Esse dinheiro a mais entrando pode te ajudar a adquirir aquele amplificador dos sonhos (com cabos da SANTO ANGELO, claro) ou mesmo desafogar umas contas de final de ano (ou do começo de 2017).
E você pode tomar gosto pela questão da venda e evoluir quando for vender seus serviços.
4 – Você vai estar rodeado do que mais ama.
Por todos os lados existirão instrumentos, amplificadores e acessórios à sua mão. Aproveite as demonstrações para os clientes para entender melhor cada equipamento.
Além disso, construir seu conhecimento técnico é uma ferramenta a mais para ajudar na venda.
Em momentos mais livres você conseguirá estudar a fundo àquilo que você vende, dando mais segurança tanto para seus atendimentos quanto para sua carreira (se você conhece um amplificador, ninguém poderá te enganar na hora de uma gravação, certo).
Testar sem precisar comprar é algo que ajuda muito.
5 – Tem pontos negativos?
De certa forma sim. O tempo que você estiver na loja influenciará no seu estudo ou treino diário pelo tempo diminuído.
Contatos pessoas só poderão ser feitos após o horário do seu “ponto” (é pouco profissional você fechar um show enquanto está na loja vendendo, ainda mais se você usar os recursos da loja).
Provavelmente você pode perder algumas aulas (tanto lecionando quanto como aluno), mas nada que um reagendamento não resolva.
Apesar desses pontos, no balanço geral é uma experiência bem positiva.
O que achou dessa possibilidade?
Sabemos que as coisas estão difíceis, mas se não nos movermos, nenhum resultado diferente virá.
Às vezes, essa experiência pode te trazer novos horizontes, assim como me trouxe (sim, quem vos escreve já trabalhou bastante em lojas como vendedor, estoquista, copeiro, ajudante de entregas, etc…).
Pense bem nisso e aproveite essa época propícia para conseguir esse trabalho temporário que, se você curtir, pode se tornar um trabalho duradouro e edificante.
A gente se vê em breve, quem sabe em uma das lojas clientes dos cabos, conectores e acessórios SANTO ANGELO.
Grande abraço.
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Dan Souza é Relações Artísticas, Baixista e fissurado em tecnologia e música, além disso, é apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, atualmente é CMO da equipe de Marketing da Santo Angelo.