QUANTO PESA UM PAR DE ASAS?

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Olá Pessoal, tudo tranquilo?

Calma, porque esse não é um post de propaganda de energéticos.

Eu não queria somente dizer mais um “feliz Dia do Músico” para todos aqueles que nasceram abençoados com um par de asas (ou mais conhecido como dom musical) capaz de transformar a vida de pessoas comuns.

Por isso, fiz questão de escrever depois do Dia do Músico, que  gerou bastante buzz nas redes sociais e virou até trending topic no Twitter como um dos assuntos mais comentados do dia 22 de novembro de 2016.

Infelizmente, esse par de asas parece mais pesado esse ano.

Isto porque muitas mensagens compartilhadas foram de desânimo e pessimismo em relação à profissão do músico e ao próprio cenário sócio-político e econômico Brasileiro.

Sabemos mais do que ninguém (afinal sofremos com a falta de vendas de nossos produtos) das dificuldades e desafios que todos enfrentamos há quase 2 anos atuando no mercado da música.

Números falam por si só: além das altas taxas de desemprego, sub emprego e pessoas mal empregadas, o percentual de famílias com dívidas no Brasil  é de 58,1%, segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo.

Isso afeta diretamente o poder de compra dos consumidores em geral. 

Esse gera um circulo vicioso de efeito cascata, tal que, os fabricantes são impactados com a falta de demanda, os lojistas com o “sumiço” dos clientes e os músicos com a diminuição do cachê ou até mesmo com a dificuldade em agendar shows ou aulas particulares.

Mas, temos boas notícias para você:

Quem me acompanha no blog SANTO ANGELO sabe que não tenho formação acadêmica em economia.

Porém, enquanto profissional de Relações Públicas, construi um perfil generalista no qual é primordial compreender os cenários e forças externas que envolvem diretamente ou indiretamente as empresas e seus públicos.

De acordo com projeções e avaliações o pior já passou. Ahn???

2017 será melhor que 2016 porque não enfrentaremos um processo de impeachment que contribuiu muito para a demora na retomada de investimentos e a desaceleração  da nossa economia.

Além disso, não seremos sede de nenhum evento esportivo Internacional, como por exemplo, as Olimpíadas, que parou a cidade do Rio de Janeiro de 2016.

O percentual de desemprego tende a se estabilizar e grande parte dos analistas econômicos estima inflação e juros menores para 2017.

As asas ficaram mais leves?

Por mais que a situação esteja difícil, toque seu instrumento musical.

Por mais que a politica brasileira te surpreenda cada dia com notícias desastrosas: toque um pouco mais.

Não desista das suas asas de músico: esse é um presente divino que poucos tiveram a chance e a honra de receber.

Então, chega de economia e vamos falar de música, revivendo esse post do Dan Souza publicado o ano passado aqui no blog, para comemorar o Dia do Músico.

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Antes de ser um dia especial dos músicos, a data foi criada pelos católicos como Dia de Santa Cecília, que é a padroeira (cristã) dos músicos (curiosidade: na mitologia grega, a Musa da Música é Euterpe, filha de Zeus e Mnemósine).

Sabe o motivo de ela ser nossa padroeira?

Ela cantou e perseverou!

Segundo a história, Cecília era filha de uma família bem abastada no século II e foi prometida, mesmo à contra gosto, para um casamento arranjado com um rico cidadão de Roma, chamado Valeriano. Todos felizes, menos ela.

Durante o casamento ela cantou (quer dizer louvou, segundo nossos amigos cristãos) a Deus de todo o seu coração.

Dizem que, graças a isso, conseguiu conservar seu celibato, mesmo casando com um pagão que não entendia o cristianismo e levar uma mensagem muito forte para os cidadãos do local onde residia.

Essa mensagem perdurou por séculos.

A canção fora tão forte para si mesma naquele dia, que durante sua vida conjugal, fez seu marido e cunhado se converterem ao cristianismo tempos depois.

O prefeito de Roma, na época, ficou sabendo dessa conversão e exigiu que eles se “desconvertessem” sob pena de morte.

A intolerância religiosa era bem comum antigamente (será que só naquela época?). Eles não se converteram e foram executados.

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Sozinha, Cecilia também foi chamada a depor, tendo que informar o paradeiro dos tesouros do marido (reconhecidamente um nobre romano). O prefeito perguntou onde ela os tinha guardado e a resposta foi “guardei com os pobres”.

Sim, ela doou o tesouro aos mais necessitados. Irado com a ação, o prefeito exigiu que ela fosse ao templo e cultuasse os deuses do panteão romano (Júpiter, Marte, Netuno e outros).

Foi escoltada e no caminho convenceu os guardas a se converterem.

Não satisfeito com a dificuldade em tornar Cecília uma pagã, Almachius (o prefeito), mandou trancafiá-la em uma câmara para morrer asfixiada por vapores quentes de água. Ela saiu ilesa, dias depois.

Esgotadas suas tentativas de tortura cruéis, o prefeito emitiu a sentença de morte por decapitação, sua última e definitiva cartada.

No dia que foi marcada a sentença em praça pública, Cecília levou três golpes de machado de seu algoz. Para a surpresa de todos, nada de decapitação, porém, o ferimento era mortal. Mesmo assim, por três dias ela viveu.

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Como últimos desejos, pediram que distribuísse sua parte da riqueza e família para os pobres e que transformasse sua antiga casa em uma igreja cristã, desejos prontamente atendidos.

Que história, não é? Ela foi considerada patrona dos músicos a partir do século XV e desde então, nomeia o dia 22 de novembro como dedicados aos músicos.

Cada um retira a moral que bem entender dessa história, baseado em suas convicções e valores. Eu entendo que Perseverança, Fé, Convicção, Caráter, Solidariedade e Respeito são só algumas lições que estão ai no texto e na vida de Santa Cecília. Mas enxergo, também, algo mais atual:

Obstáculos a serem vencidos.

Músicos são pessoas convictas, perseverantes e que exigem respeito (olha que até encaixa), mas a sociedade coloca muitas barreiras sobre nossa profissão.

Assim como, na época do Império Romano, eram os cristãos que sofriam perseguições, mas sua crença sobreviveu.

Hoje algumas pessoas derrubam  barreiras e é em cada vitória que o ofício do músico se alastra.

E o exemplo que o cristianismo deu (nesse episódio) e que ilustra nossa opinião é:

Se você acreditar, há de conseguir.

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O mercado é difícil? Sim. Tem lugar para todo mundo? Não. A sociedade respeita? Mais ou menos.

É por isso que admiramos vocês todos, inabaláveis em sua paixão e na arte de fazer música.

Após esse belo exemplo de superação e com minha mensagem de otimismo, desejo a todos vocês que acompanham nosso blog muita coragem para perseguir seus sonhos e coragem para buscar o seu lugar ao sol.

Abraços, parabéns e até a próxima!

Lygia Teles, é Relações Públicas e pós-graduanda em Gestão de Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.

Dan Souza é Relações Artísticas, Baixista e fissurado em tecnologia e música, além disso, é apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, atualmente é CMO da equipe de Marketing da Santo Angelo.




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