Serial Blocker: mais uma ideia disruptiva na área musical
Olá meu amigo, tudo bem?
Ah, está chegando agora e não sabe o que é tecnologia disruptiva? Deixe que já dei um Google para você:
“Tecnologia disruptiva ou inovação disruptiva é um termo descrevendo a inovação tecnológica, produto, ou serviço, que utiliza uma estratégia “disruptiva“, em vez de evolutiva, para superar uma tecnologia existente dominante no mercado.”
Aqui no blog SANTO ANGELO, nossos leitores estão acostumados com esse e outros termos que definem os negócios digitais e um dos posts mais bacanas é esse, publicado em 28/03/2016.
Continue comigo que vou explicar o título acima com mais detalhes.
Os instrumentos musicais são parceiros fundamentais para qualquer músico e com certeza o maior pesadelo é tê-lo roubado ou até mesmo esquecê-lo em algum lugar, certo?
Quem disse que isso só acontece com os outros?
Imprevistos e fatalidades fazem parte do nosso cotidiano e prever um cenário mais trágico, assegurando seus bens é fundamental se você quer (quem não quer?) segurança.
Além dos prejuízos financeiros, existe também o transtorno de precisar remarcar compromissos assumidos, shows ou eventos programados.
Sem contar, o lado afetivo envolvido entre o músico e o instrumento musical que tanto custou para ser adquirido e que tanta história acumulou.
No post de hoje, você vai conhecer alguém que já passou por isso, teve que comprar a própria guitarra que fora roubada, mas não desistiu: criou uma startup que apresentou uma excelente solução para um problema recorrente.
Com vocês, a SerialBlocker
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SA: O que é o SerialBlocker e como surgiu essa ideia?
SB: Olá, meu nome é Felipe Martins e tentarei ser o mais objetivo possível nessa e nas próximas respostas.
Em dezembro de 2016 foi lançado o SerialBlocker, uma plataforma online de pesquisa e cadastro de números de série, criada de músico para músico, visando proteger equipamentos e instrumentos musicais.
Por meio desta plataforma é possível cadastrar qualquer equipamento e/ou instrumento musical através do número de série e em caso de roubo, furto ou perda, gerar alertas e tornar os dados mundialmente públicos, inibindo o comércio ilegal e aumentando as chances de recuperação.
A ideia de construir essa ferramenta veio depois de anos vendo que pessoas não tinham um lugar único para consultar a procedência de um equipamento e muito menos gerar alertas sobre equipamentos roubados que não fosse em um mural de algum fórum online ou em suas próprias redes sociais.
Misturado a isso, em 1999 eu tive um instrumento furtado do meu carro e tempos depois eu o reencontrei para venda em uma loja de usados numa famosa rua do ramo na cidade de São Paulo.
Como não tinha o boletim da ocorrência policial e nem a respectiva nota fiscal, não pude comprovar que aquele me pertencia e, portanto, não me devolveram o meu instrumento tão precioso. No final, tive que recompra-lo.
SA: Quem são as pessoas responsáveis pelo Serial Blocker?
SB: O SerialBlocker é uma startup que hoje conta com dois sócios, Danilo Akagui (CTO) e eu, Felipe Martins, (CEO). Contamos ainda com uma equipe multiprofissional que cuida das áreas de mídias sociais, contato, teste de usabilidade, jurídica e contratual.
Lauré Studio (laurestudio.com.br) assina pelo desenvolvimento e conceituação das campanhas publicitárias.
SA: Qual o principal objetivo desse serviço? Num país com vendas bem informais como o Brasil, vocês não têm receio que o site se transforme numa “lavanderia” de instrumentos e acessórios musicais contrabandeados?
SB: Note que nossa função não é fiscal, porque não há obrigatoriedade de cadastrar a nota fiscal dos instrumentos ou equipamentos cadastrados. Confiamos que nossos clientes são pessoas de boa fé, que adquiriram legalmente esses produtos.
O nosso trabalho também é conscientizar toda a comunidade para que bloqueiem seus equipamentos em nossa plataforma e verifiquem caso haja a intenção de adquirir um instrumento.
Com isso, podemos aumentar as chances de recuperação de um bem subtraído, além de diminuir a possibilidade de receptação, inibindo o comércio ilegal dessa natureza e consequentemente o índice de roubos.
Os dados preenchidos na plataforma são de responsabilidade do proprietário. A intensão é cadastrar o respectivo equipamento para gerar alertas em caso de roubo. Se ele inserir um número diferente daquele que está gravado em seu equipamento, não terá o menor sentido.
Nós estamos mapeando junto às importadoras e alguns fabricantes nacionais para descobrir quais são os instrumentos que já são comercializados com números seriais de fábrica.
Além disso, se esse equipamento estiver em nossa base de dados constando como portador de número de série, o proprietário deverá preencher o número descrito e não gerar um novo.
Esta é uma forma de “forçar” o proprietário a preencher o número correto.
Uma implementação que está em fase final de desenvolvimento será que, a cada item cadastrado, seja possível cadastrar junto o arquivo digital da nota fiscal, se o cliente o quiser, fazendo com que a plataforma também possa ser utilizada como uma espécie de inventário nacional online.
Você consegue proteger seu equipamento com o valor do cafezinho da padaria, em média R$ 3,00. Acessível, não é mesmo?
SA: Qual o maior obstáculo ao crescimento da empresa?
SB: Falta de investimento em empresas do setor e a reestruturação da cultura do “achado não é roubado”.
SA: Quais empresas ou pessoas do segmento: fabricantes, lojistas ou importadoras estão apoiando o SerialBlocker?
SB: Temos empresas e pessoas que nos apoiaram desde o início. O Daniel Neves, presidente da ANAFIMA e do SINDIMUSICA foi um dos primeiros a acreditar no trabalho que estávamos propondo.
Depois vieram os importadores, como a Habro Music, Pride Music e a Royal Music que reconheceram a importância desta ferramenta para o mercado. Tanto que fizemos uma parceria com essas importadoras no sentido de que todos os equipamentos/instrumentos, comercializados por eles, terão seu cadastro garantido por um ano, gratuitamente, em nossa plataforma como forma de incentivar os atuais e futuros proprietários a cadastrá-los em seus próprios nomes assim que os adquirirem.
Atualmente estamos fechando uma parceria gigantesca com a escola EM&T para beneficiar seus alunos e abrindo oportunidade para outras escolas de Música sigam esse exemplo.
SA: Existem planos do SerialBlocker também fazer um seguro financeiro para seus clientes?
SB: Não há planos para exercermos a função direta de trabalhar como uma seguradora, mas estamos buscando empresas deste setor para que entendam nosso trabalho e se animem a compor uma parceria conosco e assim oferecer benefícios e serviços voltados para equipamentos do meio musical.
SA: Que mensagem você deixaria para quem deseja começar uma startup na área musical?
SB: Coragem! Acho que em um país como o nosso, ser um empreendedor é extremamente difícil, assim como ser músico. Caminhos existem, como bem apontam os posts sobre Empreendedorismo do blog SANTO ANGELO, mas a pessoa precisa querer ajudar os outros com profissionalismo, esquecendo um pouco o lado da grana.
É preciso se dedicar e acreditar na sua ideia, por mais que no início ela pareça ter importância somente para você.
Um grande abraço e espero vê-los todos cadastrando seus equipamentos e instrumentos musicais na SerialBlocker.
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Obrigada, Felipe Martins por dividir sua trajetória de sucesso e empreendedorismo no mercado da Música.
Desejamos ainda mais sucesso e reconhecimento da SerialBlocker, tanto no Brasil como no mundo.
Quem quiser saber mais, confira a entrevista do Felipe para o canal Guitar Freak Show:
E você? Animado com a solução oferecida pelos nossos empreendedores? Qualquer dúvida é só comentar aqui no blog SANTO ANGELO ou em nossas redes sociais.
Abraços e até a próxima!
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Lygia Teles, é Relações Públicas e especialista em Gestão de Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.