Avaliando feiras de música por Bruno Palma

 

Fala leitor ou leitora do blog SANTO ANGELO. Beleza?

Falar de música e eventos do setor musical é sempre um prazer, bem como voltar a conversar com você que curte as plataformas de comunicação da marca SANTO ANGELO. Sinto-me honrado com sua atenção.

Meu nome é Bruno Palma, sou guitarrista e vivo da Música no estado do Rio de Janeiro. Aqui no blog. Você pode me encontrar nesse post  onde falo sobre as possibilidades de afinação para guitarras.

A minha missão dessa vez será trazer para você um pouco da minha visão do que foi a Music Show Experience 2019, evento realizado em São Paulo/SP entre os dias 19 e 22 de setembro, comparando-o com outros eventos do setor que tive o privilégio de participar, especialmente com a ExpoMusic.

Para quem é muito jovem e não sabe, o mês de setembro sempre foi uma referência para os músicos do Brasil devido à realização das 34 edições seguidas da Expomusic, evento promovido pela ABEMUSICA e Francal Feiras.

Portanto, nessa época do ano sempre existiu uma expectativa dos músicos brasileiros por esse e outros eventos voltados ao setor, como o TDT, promovido pela marca Tagima.

Lembro, com muito carinho, dos primeiros anos em que consegui sair do interior do Estado do Rio, precisamente de Cantagalo, cidade que fica na região serrana, para viajar à São Paulo, uma metrópole, e visitar uma grande feira de Música por volta de 2010 a 2011.

Pareceu que eu estava na Disneylândia, de tanta empolgação.

Foram momentos que marcaram muito a minha vida musical e profissional, uma verdadeira quebra de conceitos e ver que o sonho da música era possível.

Isso se consolidou muito com a minha experiência com a SANTO ANGELO, quando ainda em 2010 ou 2011, participei de uma ação como fã da marca no Twitter, e tive a oportunidade de conhecer o grande e “freak” guitarrista Mattias Ia Eklund. Demais isso, né?

No entanto, com o passar dos últimos anos, era possível perceber a perda de força da Expomusic, que chegou a ocupar diversos pavilhões no Expo Center Norte, em que um dia era pouco para visitar todos os estandes.

Eu até me emociono quando lembro de uma das minhas últimas apresentações no palco da Fantástica Fábrica de Chocolate, quando a SANTO ANGELO lançou seus cabos aromatizados.

Infelizmente, em 12/03/19, os promotores anunciaram o cancelamento da 35ª edição da Expomusic.

Por outro lado, outro evento parecido vinha na contramão, organizado por outra associação e revista do setor. Assim, a Music Show nasceu em 2018, ocupando também o mês de setembro, uma época tão simbólica para o setor.

Esse evento tem a difícil missão de retomar a grandeza do setor musical de outros tempos. Vejo com bons olhos a iniciativa e pude participar das duas edições até o momento.

Na primeira, compareci todos os dias do evento, a convite da Izzo Musical, e pude ver de perto algumas mudanças, em comparação com a Expomusic.

Para mim, a principal mudança foi a de focar mais no consumidor final, sendo ele músico ou hobbista.

A outra mudança foi o espaço reservado para micro e pequenos empreendedores do setor, tais como luthieres e fabricantes “custom made”.

Já na segunda edição, realizada em 2019, visitei durante dois dias a Music Show, na sexta e sábado, pelos motivos que explicarei a seguir.

Foi a primeira vez, desde que comecei a viajar para esses eventos, que fui por conta própria, financeiramente falando, uma vez que nenhuma das marcas que me apoiam atualmente, estavam expondo no evento.

Algumas delas estavam apenas na área comercial, dedicada exclusivamente ao setor de business, afastadas da parte visitada pelo público final.

Mas, afinal, quais foram às diferenças ou evolução da Music Show?

Nesta edição, comparando com a anterior, pude sentir que o controle do volume geral do evento foi mais rígido em relação ano passado, ou seja, consegui conversar com mais tranquilidade com outros músicos.

Outro ponto bacana também foi que os estandes estarem cada vez mais voltados aos músicos e não para os lojistas do setor.

Ou seja, havia mais espaço nos estandes para satisfazer o atrativo mais cobiçado pelos visitantes: os famosos test-drives de equipamentos e instrumentos musicais, além de workshops e masterclasses ao vivo.

Lembro que a SANTO ANGELO já tinha implantado esse tipo de atendimento desde o início nas suas participações durante todas as edições da Expomusic e realmente toda a experiência do estande era incrível (saudade batendo, de novo, hahaha)

Um destaque da Music Show nesta edição novamente foi o espaço maior para os micro e pequenos empreendedores handmade (ou Custom), em relação à primeira edição.

Observei que movimentou boa parte do público neste setor, onde era possível realizar os testes e conversar diretamente com quem constrói os produtos.

Os palcos nesta edição, ao que me parece foram reduzidos, no entanto mais expositores possibilitaram apresentações com artistas durante o evento.

Eu me apresentei no estande da Nordik Auto Falantes, com o Projeto Concepção Guitarra, à convite do meu amigo e também parceiro da SANTO ANGELO, Eric Paulussi.

Em se tratando de melhorias, pude perceber, assim como meu amigo e parceiro Ernani Júnior, que esteve comigo no sábado da Music Show, a dificuldade com a sinalização do evento.

Na hora de ir embora ficamos um pouco confusos com a saída correta e até mesmo durante o evento a sinalização de banheiros poderia ser melhorada.

Outro ponto que me chamou atenção foi o da segurança, duas ocorrências chegaram ao meu conhecimento por meio das redes sociais, equipamentos da Custom Shop Brasil, e do músico Alexandre Aposan, foram furtados. Situação muito desagradável e tenho certeza que a melhoria deverá ser priorizada nas próximas edições.

Quero ainda destacar positivamente, a organização do evento trouxe, na edição passada, o empresário Sammy Ash, CEO da Sam Ash, uma das maiores lojas do setor musical dos Estados Unidos (EUA) e este ano conseguiu que o CEO da Laney Amplification, James Laney, estive também presente.

Destaco essa marca porque tenho parceria e sou um embaixador da LANEY no Brasil.

Para encerrar, eu sei que a missão de se retomar os tempos áureos da saudosa Expomusic não é uma tarefa fácil porque, além da forte crise econômica, temos vários outros bons eventos regionais, além do citado TDT, que é um evento voltado mais aos negócios, mas que traz uma proposta também muito bacana para o desenvolvimento do setor como um todo.

No entanto torço que eventos e propostas como a Music Show, e outras que possam surgir, deem muito certo, pois acredito que todos eventos somam para o crescimento do mercado da música cresça.

Para mim ainda valeu a pena visitar essa edição da Music Show, porque fiz muito Networking com os visitantes e expositores, revendo grandes amigos e outras pessoas que acompanham meu trabalho pelas redes sociais.

Já está confirmada a data de 24 a 27 de setembro de 2020 para a próxima Music Show Experience, com promessa de novas reformulações e melhorias. Afinal ainda é uma feira nova que está se adaptando à nova realidade do setor.

Creio que o desejo do músico brasileiro é de enxergar o mercado musical mais ativo como em anos passados e por isso torço para que as novas iniciativas de feiras e eventos do setor musical alcancem o merecido sucesso.

Agradeço a você pela leitura dessas minhas opiniões e lhe peço para que compartilhe esse post com seus amigos, permitindo-me contribuir mais uma vez para o conhecimento de todos.

Aproveito ainda para parabenizar a galera da SANTO ANGELO por estar sempre atenta ao mercado da Música e ativa nos eventos apoiando o músico brasileiro.

Então clique na foto abaixo e conheça mais uma história inspiradora.

Abraço forte e até a próxima oportunidade.

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Bruno Palma é guitarrista e também Engenheiro Mecânico. É endorsee da SANTO ANGELO, Ibanez e de outras grandes marcas internacionais.  

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