O baixo em alta

Por Isis Mastromano Correia

A guitarra pode ser a menina dos olhos da maior parte dos que passam aqui pelo blog, mas, conforme já falamos – e concordamos – o baixo é o cara quem comanda e dá as ordens! É o dono do ritmo e do compasso dentro de uma banda.

Contrabaixo de 5 Cordas

Para ele, métodos de estudo também estão por ai e são necessários aos que querem levar o instrumento a sério. É bom que o baixista criado hoje em ambiente altamente informatizado pense na necessidade de aulas com o rigor que a plena realização da formação musical exige.

Vivemos numa época em que jovens instrumentistas, que ainda deviam tocar escala, já fazem show para milhares de pessoas. É preciso abrir mão um pouco do imediatismo que rege nossas ações nessa era digital para não perder de vista que horas de estudo e paciência te aguardam caso seu objetivo seja tocar pra valer.

Para quem está começando – acreditamos que os mais experientes já tenham em algum momento tomando conhecimento disso – o grande contrabaixista Jaco Pastorius deixou eternizado um método desenvolvido por ele chamado “Modern Electric Bass” do qual recomendamos que você pesquise. Há um link sobre ele no youtube para degustar: http://migre.me/fYsMZ.

Jaco Pastorius

Considerado por muitos como um dos mais influentes baixistas de todos os tempos, o gênio dos graves, que faleceu em 1987, foi um dos responsáveis por firmar a importância do baixo na cena musical como um instrumento único, que não depende dos demais para surgir e pode e deve ser explorado com a autonomia que lhe cabe.

Usar a audição para treinar baixo é uma atividade que deve ser encarada como método de estudo também. No Blues e no Jazz, o baixo é evidente e boas fontes certamente serão colhidas ali. Entre os milhares de baixistas que tocam Blues podemos destacar alguns nomes importantes como Roscoe Beck, Tommy Shannon, Greg Rzab, Ray Brown, Ron Carter, Pino Palladino e Chuck Rainey.

O brasileiríssimo Celso Pixinga é outra indicação e recomendamos que vasculhe o método de contrabaixo de slap de sua autoria. Pixinga tem uma historia inspiradora para quem ainda tem duvida de que o baixo pode ser seu melhor caminho: ele começou no piano, passou pela guitarra e ao chegar no baixo chamou mais atenção do que a artista que acompanhava e ele foi convidado a se retirar da banda!

Celso Pixinga

Para quem está começando, há uma pequena receita de estudo: duas horas de dedicação por dia, com uma hora para o estudo das notas e da história do contra-baixo e suas partes e uma hora de dedicação às técnicas.

Os mais avançados podem dedicar essas duas horas mínimas ao estudo das notas no braço do instrumento, estudo de afinação estudo das técnicas e estudo de músicas. Adiante, vale o estudo focado na técnica e na leitura de músicas.

É bom dizer que é mais válido estudar nem que seja um pouquinho por dia do que ficar vários dias sem pegar o instrumento e atacar com gula o coitado. O estudo gradativo mas constante faz com que o  aluno ganha muito mais!

Até o próximo post!

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