Sobre cifras e cifrões: marketing pessoal para impulsionar a carreira
Olá pessoal.
Expomusic 2016 na nossa porta (já é semana que vem). Para você que ainda não programou sua ida para a Disneyland da música (como dito nesse post), pode começar sua agenda. Porém, sei que vão perguntar: “Para quê eu iria na Expomusic?”, e para isso respondo:
Network
Essa palavrinha em inglês é fulcral para o desenvolvimento de uma carreira como músico, e nada melhor do que um espaço que reúne todos os profissionais desse setor, fabricantes (como a SANTO ANGELO e um estande que vocês vão gostar muito), donos de escolas, lojistas do setor e público final (consumidor e possivelmente, futuro fã). Ou seja, terreno fértil para seu sucesso.
E pensando nisso, trazemos de volta um post da Isis Mastromano Correia falando sobre marketing pessoal, um dos pontos mais importantes na hora de começar um contato com uma pessoa ou empresa. Aproveite a leitura e as dicas.
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Agora que o Carnaval já passou e 2014 vai começar de verdade, que tal iniciarmos uma nova série de posts em nosso blog sobre um tema que afeta todos nós: existe o Marketing Pessoal politicamente correto?
“Ah, você é músico! Deve ser bem legal, mas, trabalha com o que?”. Com certeza em algum momento da sua carreira essa pergunta ingrata surgiu tal qual um casal de namorados tem de se safar constantemente do bullying social de dar satisfações sobre a famigerada data do casório! O certo é que a gente sabe que a Música é o seu trabalho e que, portanto, sua profissão é MÚSICO!
Assim sendo, o termo Marketing Pessoal, que tanto se escuta falar como importante ferramenta para outras profissões, é também imprescindível para alavancar a carreira do Músico e algo do qual você deveria estar (se ainda não é) minimamente interessado.
O termo significa simplesmente uma estratégia usada para “vender” sua imagem e influenciar a forma como as outras pessoas olham para você.
Em outras palavras, é uma tática para se diferenciar dos demais, de não ser mais um, de ser o profissional cuja presença é única e imprescindível, enfim, um modo de não ser encarado somente como um acompanhante musical cuja substituição não faria a menor diferença.
Ao contrário do que muitos pensam, Marketing Pessoal não é sair por aí espalhando aos quatro ventos suas qualidades. Antes, é praticar seus atributos individuais ao ponto que as pessoas se lembrem de você por causa deles.
Portanto, antes de parecer politicamente correto, você PRECISA manter um bom nome, ter uma boa imagem, sim, mas, desde que isso reflita a sua essência! Não monte um personagem, ou, no melhor dos termos dos negócios, não venda gato por lebre!
Por exemplo, o melhor Marketing Pessoal para um Músico que toca em igrejas é nada menos do que ser parte integrante da liturgia e da vida da instituição e não apenas usá-la como um palco, pois, nesse caso, pretende-se a associação da música com a religião.
Mostrar-se parte integrante do ambiente, participar dos cultos, é o Marketing Pessoal correto nesse caso e, o contrário, não convenceria ninguém de que você está apto para tocar para este público.
O mesmo é verdade para um Músico que se apresenta sozinho em bares: timidez pode minar a empreitada nesse tipo de ambiente que exige dose extra de simpatia, sorrisos e uma espécie de intimidade e jogo de cintura com os frequentadores, alguns até muito inconvenientes.
O Marketing Pessoal não deve ser confundindo como um afago no ego assim como a humildade não pode ser confundida com anonimato. Lembre-se que o Marketing Pessoal busca sempre fazer com que você seja reconhecido por seus valores humanos e profissionais sem com isso ser ou parecer arrogante.
Todos nós temos uma contribuição profissional peculiar para oferecer ao mundo e para realizar essa missão sem enganações, você precisa saber alguns pontos fundamentais.
Em primeiro lugar, deve se autoconhecer para encarar com honestidade quais são seus pontos fortes e fracos para chegar a um resultado sobre se você está ou não agindo de forma positiva sobre sua imagem. É bom que pense sobre o ponto mais marcante da sua personalidade: pode ser sua maneira de se comunicar, seu bom humor, seu bom senso, seu traquejo social, ou qualquer outra qualidade que julgar importante.
Em seguida, foque na divulgação mais transparente possível deste seu ponto forte que será para você o que uma marca é para uma empresa. Com o tempo, a sua marca pessoal fará com que fique conhecido, desejado e vinculado aos seus atributos únicos.
Vamos a dois exemplos bem populares para que se possa entender a ideia: o cantor brasileiro Tico Santa Cruz, da Banda Detonautas, é conhecido pelas crônicas e análises políticas que publica na internet e, assim, o Músico acabou associando a sua imagem a um artista de tom crítico e interessado em questões sociais.
Na extrema ponta da linha, podemos citar algo como Yngwie Malmsteen, que gosta de aparecer ostentando o modo extravagante de se vestir, o que lhe confere um quê de inatingível.
Por falar em modo de vestir, “dress to impress”, uma expressão do mercado corporativo norte americano que significa “vista-se para ser visto” pode ter total impacto na apresentação de um Músico. Já que aqui tratamos de arte, o visual pode ser uma ferramenta bastante desejável pelo mercado de trabalho.
Se no mundo corporativo o que vale é o mantra do “menos é mais”, sem exageros, sem extravagância, com discrição, no ramo da Música, a liberdade e a criatividade comandam! Porém, deve-se usar um estilo pessoal facilmente reconhecível e NUNCA reduza suas potencialidades à beleza ou às suas vestimentas, pois, obviamente, a falta de transparência (literalmente) aparecerá cedo ou tarde.
E não estamos falando somente dos contatos e apresentações físicas. Pense também nos vídeos pessoais que já colocou nas redes sociais. Como você quis que os outros te percebessem até agora?
Acredite ou não, já vimos vídeos com pessoas sem camisa ou seminus em um chuveiro, falando sobre temas musicais! Será que esse estilo cabe na auto-analise sincera que fez sobre seus pontos fortes e fracos?
Perceba também que ao citarmos os dois exemplos de figuras de músicos acima, não estamos falando da pessoa “física”, mas, sim, de suas pessoas “jurídicas”. O modo que decidiram transmitir sua imagem ao público tem muito mais a ver com o que falamos logo de início: eles demostram publicamente suas características particulares e a elas ficam ligados e são lembrados.
Não são personagens produzidos, do contrário estariam fadados ao fracasso como o caso clássico da dupla pop alemã dos anos 1990, Milli Vanilli, que chegaram até a abocanhar um Grammy na categoria de Melhor Artista Estreante naquela década.
Mas nem o premio mais importante da Música foi o bastante para sustentar a farsa de que eram na verdade dois dubladores e não cantores de verdade! Frank Farian e Rob Pilatus eram na verdade modelos e dançarinos!
Características agradáveis para alguns, incomodas para outros, enfim, o certo é que todos tem seu quinhão de espaço e é justamente o caráter de individualidade que permite a participação de cada Músico no mercado de trabalho.
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O que achou das dicas nesse post? Comente conosco e aplique o que achar vantajoso na sua preparação para um próximo contato ou para a Expomusic. Esperamos vocês por lá, fomentando o mercado e fazendo suas carreiras crescerem.
Até a próxima.
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Dan Souza é CMO, Relações Artísticas, fissurado em tecnologia e música, além de baixista nas horas vagas e apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, faz parte, desde 2013, da equipe de Marketing SANTO ANGELO.