Tal pai, tal filho?

Por Karen Ballada

“Papai, quero tocar guitarra!”

Certamente essa é uma frase que muitos músicos esperam ouvir de seus filhos. Mas, e quando o pai ou a mãe, não são músicos e escutam esta pergunta do filho ou da filha pré adolescente?

Calma, seu filho ou filha não irá se perder porque quer tocar um instrumento musical, muitas vezes influenciado pelo grupo de amigos. Esqueça também os lugares comuns de que a vida de Musica não tem futuro ou que se resume a sexo, drogas e rock´n´Roll. Existem estudos que comprovam o quanto a Musica faz bem ao desenvolvimento do cérebro e promove muito mais a socialização dos envolvidos, sem falar do tremendo salto na auto estima de quem toca um instrumento musical.

É indispensável que alguns paradigmas sejam quebrados: hoje em dia a música é, mais que nunca, um campo de trabalho muito extenso e com várias vertentes. Alguém que tenha formação musical pode atuar tanto em bandas (sejam orquestras ou bandas populares), quanto em regência musical, produção, propaganda e marketing do segmento, como professor em escolas de música e artes e até mesmo ministrar cursos e palestras sobre diversos temas relacionados ao assunto.

Mas como descobrir se isso é fruto de um talento inato ou um desejo entusiasmado que a criança tem e que vai passar em 2 semanas? Esses artigo do blog SANTO ANGELO é dedicado aos pais e mães que precisam de orientação quando se deparar com este tipo de situação. E, sinceramente, esperamos que seja cada vez mais freqüente devido ao forte incremento que o Ensino Musical irá ter nos próximos anos com a aprovação da lei 11.769 de 18/08/2008.

Nunca é cedo demais para inserir seu filho no mundo musical. Crianças são curiosas, criativas e têm, por natureza, enorme capacidade de aprender. Inúmeros estudos comprovam que crianças expostas à música desde pequenas desenvolvem-se melhor em áreas físicas e intelectuais, como coordenação motora, raciocínio lógico, audição e concentração, por exemplo.

Mas a questão é: Como você pode ajudar seu filho a escolher qual caminho seguir na hora de comprar um instrumento musical?

O primeiro passo é incentivá-lo: Se você possui dons musicais e quer transmiti-los ao seu filho, o melhor a fazer é tocar seu instrumento preferido na frente dele. Isso fará com que a criança sinta-se estimulada e se dedique mais a aprender. É importante responder a todas as perguntas curiosas de maneira didática e paciente (já que é bem capaz que as mesmas perguntas se repitam infinitas vezes), além de estar sempre atento à predileção que a criança apresenta por um instrumento em particular, sempre citando as experiências que você já teve com ele.

Se você não possui os tais dons musicais e só sabe tocar a campainha da porta, siga este conselho: exponha o seu filho à música: Tente ao máximo incluir a música (clássica, MPB, rock, samba, entre outros estilos) no dia-a-dia da criança: Isso fará com que ela assimile a pronúncia (no caso de músicas internacionais), as notas musicais e os variados ritmos, e contribuirá para que ela conheça desde cedo o maior número de gêneros musicais possíveis  Isso agregará um importante conhecimento na formação da personalidade musical da criança.

Para os dois tipos de pais e mães, alertamos que é preciso se atentar às vontades da criança: Não forçá-la, mas incentivá-la a freqüentar aulas de música, sempre observando e dando-lhe opções de instrumentos . Também é importante que o instrumento escolhido seja adequado ao tipo físico e à personalidade da criança, já que ao mesmo tempo em que algumas apresentam maior inclinação para música clássica, outras apresentam para a musica contemporânea e é importante saber diferenciar cada caso,as vezes com ajuda de um especialista.

Alguns pais, porém, ainda colocam a música em segundo plano (ou terceiro, quarto…).
Existem crianças que possuem agendas tão cheias quanto a de um adulto, e diariamente freqüentam  futebol, natação, balé, inglês, judô, curso de artes e clube de xadrez –além das aulas de música- e, quando a criança começa a apresentar sinais visíveis de cansaço físico (e mental), o primeiro pensamento dos pais é: “Vamos tirá-lo de alguma atividade. Vamos tirá-lo das aulas de música”, desperdiçando o tempo que a criança “gastou” empenhando-se e aprimorando o conhecimento musical.

Por fim, sempre observe o comportamento do seu filho com relação à música: A importância da prática é inegável, não é possível aprender sem praticar. É importante deixar a criança fazê-lo todos os dias, mas nunca forçá-la; é necessário fazer com que ela entenda a importância disso para uma boa execução do instrumento escolhido.

Nos próximos artigos, falaremos como comprar o instrumento musical, sem quebrar o orçamento do mês, nem ser enganado por vendedores sem noção.

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