Timbre de Guitarra – Como Avaliar? – Braços e Frequência de Ressonância
E ai galera, tudo bem?
Como forma de comunicação e interação entre os guitarristas, eu tenho pedido que vocês compartilhem informações a fim de que todos possamos crescer juntos, não é mesmo?
Mas escutei recentemente: “mas vocês aí no blog SANTO ANGELO não compartilham nenhuma outra informação publicada em blogs de terceiros?”
Tem toda razão quem pensa assim. Por isso, o post de hoje é diferente porque voltamos ao tema sobre a saga do Timbre em instrumentos e seus acessórios. Nós já falamos sobre nossos cabos inovadores para guitarras nesse post, que são capazes de transmitir Timbres bem particulares, realçando Frequências e Harmônicos. No entanto, cabos não são responsáveis pela geração dos Timbres e sim pela sua correta e integral transmissão.
Então, onde eles são gerados?
As madeiras que compõem um instrumento musical são parte importante do timbre como todos bem sabem (já falamos isso por aqui nesse post e nesse também), além de muitos outros blogs especializados em guitarras.
E como não queremos “reinventar a roda” e sim compartilhar conteúdo relevante para os músicos brasileiros, no post de hoje reproduzimos uma matéria bem legal sobre Timbres, que já foi publicada no blog “Louco por Guitarra” (que você pode conhecer clicando aqui). Esse blog (desenvolvido pelos colunistas Paulo May e Oscar Jr. desde 2010) contem uma série de posts inteligentes sobre como avaliar um timbre entre outros assuntos relacionados às 6 cordas (ou 7, ou 8, o que você preferir). Como por exemplo:
Madeiras diferentes utilizadas no braço e no corpo de uma guitarra podem influenciar ou mudar o timbre?
Hora de descobrir. E aproveite para pesquisar mais e formar sua opinião sobre esses assuntos tão legais: Madeiras, braços e frequência de ressonância.
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Aproveitando (certo dia) que tinha quatro braços (de guitarra) soltos por aqui, verifiquei a frequência de ressonância de cada um deles. Pra minha surpresa, durante o teste, o braço de maple/maple (braço/fingerboard) de uma stratocaster Fender Squier soou muito grave. O primeiro que testei, de maple canadense, é mais agudo. Isso me fez voltar à mente a velha suspeita de que até o maple que os chineses usam nos braços não é americano/canadense (segundo teste). Nada de novo por aí!
Um dos braços era de Marfim com escala de Jacarandá brasileiro, era o mais agudo. Nenhuma surpresa: o jacarandá brasileiro é bem mais ressonante que o indiano (quarto e último teste).
Chamo a atenção de vocês para um detalhe importante: A FR (Frequência de Ressonância) é somente a frequência dominante, aquela que nossos ouvidos identificam como “tom”. Quando avaliei no analisador de espectro do Sound Forge, pude perceber o quanto as outras frequências variam – e influenciam no “timbre” geral, inclusive na percepção de volume. E pra nós, o que interessa é o timbre final, que é o conjunto e interação das frequências.
Geralmente as frequências secundárias são múltiplas da principal. Com exceção do braço Squier de maple/maple, que tinha a segunda frequência mais alta perto de 84 Hz, a segunda frequência de todos é sempre o dobro da FR , aproximadamente.
No analisador de espectro, o braço que tem mais equilíbrio na amplitude e distribuição das frequências é o último (um Mighty Mite).
Confira no vídeo:
Percebam a diferença de ressonância de cada um dos braços. Isso conclui que dependendo do tamanho, shape e tipos de madeira cada braço se comportará diferente na hora de te entregar o timbre final. Por isso continuamos dizendo:
Estude, toque e perceba todos os sons que soam de seu instrumento musical.
Até a próxima.
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Dan Souza é CMO, Relações Artísticas, fissurado em tecnologia e música, além de baixista nas horas vagas e apaixonado por Publicidade, Propaganda, Literatura e Filosofia. Formado em Marketing pela UNINOVE/SP, faz parte, desde 2013, da equipe de Marketing SANTO ANGELO.