Music Business: empreendedorismo social

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Olá pessoal, tudo bem?

Empreendedor é um termo bem conhecido por todos os nossos leitores, uma vez que sempre tratamos aqui no blog sobre exemplos de empreendedores na música. E para quem estiver começando a nos ler agora, recomendamos um dos nossos primeiros posts, reveja aqui, editado em abril/2014.

Mas, o que é Empreendedorismo “Social”?

Do mesmo modo que os empreendedores em geral mudam a face dos negócios, os empreendedores sociais atuam como agentes de mudança da sociedade, aproveitando as oportunidades e melhorando os sistemas, inventando novas abordagens e criando soluções capazes de mudar a sociedade para melhor. E a Música tem ajudado nessa tarefa faz tempo, não é mesmo?

Enquanto um empreendedor privado pode criar novas marcas e negócios, um empreendedor social propõe soluções novas para inúmeros problemas sociais.

Meu nome é Lygia Teles e hoje proponho uma reflexão sobre como podemos quebrar paradigmas e transformar ideias em soluções para a melhoria de Vida.

Agora que tal imaginar um projeto social para inserir sua Música e de outros músicos no cotidiano das pessoas ou até mesmo incentivar a musicalização na sua comunidade?

Conheça um belo exemplo de empreendedorismo social e como surgiu a ideia:

Quem utiliza diariamente transportes públicos em São Paulo e nas demais capitais brasileiras já percebeu que, enquanto está no vagão do trem ou do metrô, voltando para casa, a grande maioria das pessoas está concentrada nos smartphones, atentos aos aplicativos e rede sociais, certo?

Fica fácil entender o fenômeno com estes dados: no mundo, para um total de sete bilhões de pessoas, existem seis bilhões de celulares. A conclusão dos especialistas é que a tecnologia chega a lugares em que não há nem água potável.

As crianças também fazem parte dessa realidade, segundo a pesquisa: “A voz das crianças”, realizada pela Officcina Sophia, 62 % das crianças brasileiras de 7 a 12 anos de idade tem seu próprio smartphone.

O projeto “Leitura no Vagão”  incentiva  as pessoas a largarem, mesmo que por alguns minutos, o vício dos smartphones e ler um livro.

OK, você já estuda seu instrumento musical um tempão, mas isso não pode ser uma desculpa para não usar seu tempo ocioso para desenvolver e ampliar seu repertório cultural. De acordo com o levantamento do Instituto Pró- Livro, o Brasil tem apenas 50% de leitores e o brasileiro lê, em média, dois livros por ano. Muito pouco, não?

E se as pessoas pudessem ler mais sem gastar nada?

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Essa pergunta foi respondida pelo desenvolvedor de softwares Luís Fernando Tremonti, de 26 anos. Ele utiliza o Metrô em São Paulo todos os dias para ir da estação Barra Funda até o Paraíso para trabalhar. “Entro todos os dias no vagão e vejo um monte de gente no celular, enquanto apenas uma ou duas leem”, disse ele ao escritor Marcelo Duarte, criador do “São Paulo para Curiosos”. “Tenho amigos que dizem não ter tempo para leitura, mas entram no metrô e pegam direto o celular.

O que o projeto “Leitura Novagão” acredita?

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Segundo Luís Fernando, sempre foi um sonho tornar a leitura acessível para o maior número de pessoas. Ele acredita que uma sociedade pode ser melhor através do hábito de ler com base na sua filosofia de vida que é: transformar o ambiente em que atua num lugar melhor.

Dessa forma, surgiu o projeto para que todos possam aproveitar o tempo de locomoção nos vagões de uma forma produtiva, estimulando a mente e deixando os smartphones um pouco de lado.

 Como os livros são distribuídos?

Um livro é deixado no banco do trem ou ônibus para que um usuário distraído possa lê-lo durante a sua viagem de transporte público. Depois esse usuário pode tirar uma selfie com o livro e usar a hashtag #leituranovagao, para contar um pouco da experiência com a leitura ou trechos sobre a obra. Depois o livro é passado para frente para que outras pessoas possam ler. Esse conceito já existe fora do Brasil e é conhecido como BookCrossing.

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Além de disponibilizar regularmente livros em lugares públicos, os usuários do movimento no Brasil participam de diversos eventos literários como bienais e festas literárias, quando seus usuários promovem uma “libertação em massa” e distribuem centenas ou milhares de exemplares para o público. Atualmente, existem cerca de 40 Pontos Oficiais de BookCrossing em todo o Brasil, veja a lista aqui.

Aproveite para conhecer mais sobre o projeto e como é simples contribuir com a manutenção dessa excelente iniciativa, clicando aqui 

E o que tudo isso tem a ver com a minha carreira musical?

Nós já falamos aqui no blog sobre as alternativas de desenvolver projetos pessoais, sendo um deles o Crowdfunding. Também já falamos sobre apresentações online sem gastar muito.

Consegue imaginar um projeto social que insira mais Música entre as pessoas de maneira que possam ouvi-la enquanto se locomovem pelo transporte urbano das nossas cidades?

Ou até mesmo desenvolver um projeto focado na divulgação de livros sobre teoria musical, incentivando um maior de número de pessoas a conhecerem o poderoso mundo da Música?

Tem outras ideias? Acreditamos que a sociedade brasileira seria imensamente beneficiada por projetos que apresentem como a Música contribui fortemente para o desenvolvimento da inteligência e da capacidade de concentração e memorização. Além disso, favorece o processo de aprendizagem e desenvolvimento cognitivo que são elementos fundamentais para o crescimento pessoal e profissional.

Animado?

Então aproveite as ferramentas apresentadas pelo nosso blog para desenvolver um projeto criativo para a sua comunidade, sociedade e País. Tenho certeza que o seu esforço para desenvolver a capacidade de fazer as coisas acontecerem vai ser reconhecido tal como o “Leitura Novagão” está sendo.

Abraços e até a próxima!

Lygia Teles, é Relações Públicas e pós-graduanda em Gestão de Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.


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