Será que tem um talento em casa? – É trabalhando que se consegue

2015-12-04 - FB

por Anjo Musical

Olá pessoal, tudo bem? Para quem já meus posts anteriores, esse aqui ou esse outro, saibam que nesse último post contarei mais duas histórias sobre grandes guitarristas. Fico chateado de ser o último dia, mas prometo que volto mais vezes para contar o que observei em minhas “andanças”  e “sopranças” por ai.

Essas duas últimas histórias mostram que esforço é recompensador e espero que te inspirem a perseguir sempre os seus sonhos, sejam eles na Música ou não. Então, prepare a alma e a cabeça para descobrir de quem falarei e para compartilhar com seus amigos e “brothers”.

A primeira de hoje é: Rebeldes com foco!

Holandeses que se mudaram para os EUA tinham música clássica correndo nas veias. Nessa família em particular, o pai era clarinetista, saxofonista e pianista. Já a mãe, grande incentivadora e apreciadora de boa música.

Os irmãos, desde os 6 anos de idade aprendiam piano, tanto com o pai quanto com professores em aulas particulares. Algo raro por ser um tipo de conhecimento não acessível à todas as famílias. Desde cedo o pensamento musical já se desenvolvia na cabeça de dois filhos do casal.

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Um deles se afeiçoava mais às partituras enquanto o outro só conseguia aprender olhando os outros tocarem e tentando reproduzir. Jeitos diferentes, porém, mesmo destino.

A música no começo da década de 70 era mais viva, e chamava os adolescentes de maneira quase espiritual (opa, olha eu aí de novo). Foi quando, economizando alguns trocados dos trabalhos que faziam na vizinhança, os meninos decidiram inovar. Correram para uma loja de instrumentos musicais e compraram uma bateria e uma guitarra, para desespero inicial do pai.

O barulho começou e logo as primeiras ideias foram se formando. Em dado momento, o irmão mais velho teve a grande ideia de trocarem os instrumentos. Assim, cada um aprenderia um pouco de cada deles. E assim ficou.

Os irmãos formaram, em 1972, uma das maiores bandas de hard rock do universo e a troca de instrumentos trouxe a tona um ícone da guitarra.

Descobriu de quem estamos falando? Ah, você sabe!

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Eddie Van Halen (e o irmão Alex Van Halen). Querem saber mais sobre esse icônico guitarrista? Cliquem aqui.

E vamos para a última história da série: Uma guitarra, um legado!

Nascer negro nos idos dos anos 20 não era visto como boa coisa na sociedade americana (e pelo que observo por ai, até aqui no Brasil, com uma população majoritariamente negra, ainda vemos preconceitos. Hora de parar com isso, certo?). E quando se nascia no sul, era pior. Em plantações de algodão, nem se fala.

De infância pobre, o garoto sempre frequentava os cultos da igreja, ouvindo aqueles coros afinadíssimos e cheios de emoção e sua paixão pela música se manifestava. E não querendo só ouvir, entrou no coral para aprender e participar do louvor a Deus.

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Era bom ter esperança. Rezar, cantar e torcer para que acabasse aquela situação, onde os negros eram tratados como “não-humanos” (demorou bastante para isso acontecer, infelizmente).

Não era bom andar por um lado só da rua. Se atravessasse de uma calçada à outra, o mínimo que poderia acontecer era ser preso por desrespeitar a lei (sim, havia leis para isso). Alguns apanhavam e outros eram mortos. É isso mesmo: sofria-se por atravessar a rua (me dói o coração pensar nisso).

Mas como tentar apaziguar esse instinto animal das pessoas brancas?

Um belo dia, durante o culto o garoto foi chamado pelo pastor que decidiu ensinar-lhe apenas 3 acordes no violão para uma música que tocariam na semana seguinte. Não só aprendeu como no dia combinado, trouxe algumas ideias que improvisou por lá. A paixão já estava em seu coração por aquele instrumento.

Após colher muito algodão, economizou todo o dinheiro que pode e comprou sua primeira guitarra por U$ 15,00 (que na época era um dinheirão). Deixou a fazenda para trás e seguiu seu caminho, colocando emoção nos corações duros dos brancos americanos e de todas as pessoas que ouviam sua música.

Ainda hoje nos emocionamos com seus vibratos e sentimos o quanto foi difícil não abandonar a música em tempos tão violentos. E hoje fica o legado, após sua morte, de que a música muda não só a vida de quem toca, mas de quem escuta também.

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Esse ficou fácil de saber: mestre B. B. King para quem fizeram uma homenagem aqui no blog que você conhece clicando aqui

Emociono-me sempre ao lembrar e compartilhar essas histórias. Pessoas tão diferentes, de contextos tão ímpares, que fizeram da Música um caminho sem volta para o Bem, para a Emoção e para a Vida.

E concluo minha visita ao blog com esse pensamento:

“Presenteie com música, pois você será presenteado de volta”

Fomente, pense no futuro da Música e de quem se dedica a ela de corpo e alma. Só temos a ganhar com isso. E aproveite a data propícia para um presente e deixe os “eletrônicos” de fora esse ano. Transmita arte nesse Natal.

Despeço-me e garanto que nos veremos por ai, qualquer dia desses. Agradeço que você tenha lido todos meus posts e te desejo um Ano Novo de muitos projetos e realizações.

Muita música para você!




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