Sua música, seu negócio

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Olá galera, tudo bem?

O ritmo aqui está uma loucura, Expomusic quase começando e estamos bastante ansiosos para vê-los por lá. Mesmo assim o blog não para, e como sabemos que a feira é um lugar de reunião, novas amizades e muita música, lembramos de um texto que fala um pouco sobre a estigmatização do músico perante a sociedade (este que vêm diminuindo, o que é um ponto positivo para qualquer um que toque um instrumento musical) e depois das habilidades básicas para seguir na carreira profissional da música.

Pegamos as palavras da Isis Mastromano Correia para esse texto e esperamos, sinceramente, que esse texto crie novos horizontes para você e que as dicas o levem para a Expomusic com uma cabeça diferente e preparada para melhorar sua network.

Siga a leitura e aproveite

Olá pessoal, no post de hoje vou pedir para você imaginar a seguinte situação lendo um jornal qualquer: “vaga aberta para profissional com inglês fluente; desejável conhecimento em Educação Musical”.

Continuando com o exercício mental, imagine que não se trata de uma ocupação no ramo da Música, mas sim de uma vaga para ser advogado, engenheiro, veterinário, dentista… Já pensou numa cena assim? Eu já, várias vezes! Penso sempre na revolução social que um gesto simples desse traria embutido em si.

Isso é um tanto distante da realidade, mas, dá pra entender o motivo bastando perguntar para meia dúzia de amigos quantos deles tiveram aulas de Música durante seus 12 anos mínimos de vida escolar. Como a resposta possivelmente será um entre esses seis camaradas (esse solitário provavelmente um pregresso da escola particular), não é de se espantar que, pela vida afora, a Música ainda não seja encarada como uma habilidade requisitada, importante e necessária para o cotidiano.

Infelizmente, a Música ainda pertence ao rol das atividades extracurriculares, cabendo geralmente aos pais ou responsáveis matricularem os filhos em escolas a parte de ensino musical. 

Sem uma mudança no conceito socialmente aceito do que de fato é a Música, ela permanecerá intocada no rol dos “dons divinos”, impalpável, alcançada por uma minoria sorteada como que pelo destino, que desde o berço e por um milagre, depois de papai e mamãe desembestaram a falar o valor de uma mínima e de uma semínima!

A consciência de que a Música é importante para formar um ser humano integral, como já tratamos várias vezes aqui no blog, quase não existe. Ela é encarada apenas como amor e hobby e por isso, quando o entramos na idade de prestar vestibulares, na fase da vida profissional, a Música facilmente passará batida como opção de carreira.

Ainda assim, com praticamente tudo jogando contra, várias pessoas sonham em ter essa profissão e, se você tem isso muito perto de si, se já é ou está perto de se tornar um Músico de estúdio, professor ou um Músico de performance, agarre com força essa sua possibilidade!

O negócio é que você vai precisar ter em mente uma coisa se quiser viver da Música, ou, se no mínimo quiser fazer render seu bom trabalho como Músico esporádico. Diferentemente das outras carreiras, a de Músico requer que o profissional tenha mais habilidades do que suas funções essenciais que são, claro, compor e interpretar.

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Via de regra, o Músico não tem um chefe à disposição que lhe puxe a orelha quando necessário ou repasse coordenadas sobre o que fazer, não tem um setor de Recursos Humanos que avalie suas necessidades como profissional, não tem a disposição um psicólogo corporativo ou um professor de ginástica laboral e tampouco um contador para cuidar de sua renda e fazer a cotação de honorários, ou uma equipe jurídica que fique atenta ao registro de suas obras para que receba os devidos direitos sobre a utilização e que se preocupe com as leis de direitos autorais. Ah, também não há um jornalista para gerenciar sua exposição nas redes sociais e conseguir um lugar ao sol para que seu trabalho seja divulgado nas mídias tradicionais.

Portanto, quem pensa em empreender no negócio da Música deve estar atento a muito mais coisas do que outros profissionais afinal, você é seu próprio negócio, você é sua própria empresa. É necessário entender sobre a cadeia produtiva e os processos de trabalho, coisas que vem muito antes de subir ao palco ou entrar num estúdio. Por isso, pensar seriamente em investir em cursos em áreas para além da canção pode te ajudar no gerenciamento de sua carreira.

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E seu cliente? Ah, esse é ainda mais diferente e especial do que o de uma empresa tradicional. Ele é seu fã! Ou seja, seu cliente traz um grau maior de exigências com pitadas desmedidas de passionalidade.

Para dar luz a sua empreitada no negócio da Música, o Blog SANTO ANGELO fez uma seleção básica de alguns cursos de especialização que não são diretamente para o aprendizado da canção, mas, que devem ser olhados com carinho para complementar sua profissionalização e rechear de competência seu currículo.

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1)    Especialização em Music Business: é um curso um tanto raro de encontrar nas universidades, escolas técnicas ou escolas de músicas, porém, cada dia mais presente (e aqui no blog  agente não para de tratar sobre ele, clique aqui para ver mais). Ele capacita o aluno a atuar no setor da música fonográfica, contemplando as dimensões de produção, cultura e negócios. Aborda para o estudo da indústria da Música alinhada com a atualidade, prepara os participantes para pensar a nova constituição do setor fonográfico e entender ambientes de mercado e consumo e enfoca a dimensão ética associada à gestão de produtos fonográficos.

2)   Gestão de Marketing: o curso de Especialização em Gestão de Marketing ajuda a desenvolver as competências necessárias para a formulação de estratégias, planejamento e gerenciamento de produtos e serviços no ambiente mercadológico. Para o Músico ele é bem interessante se pressupormos que é ele próprio quem vai gerenciaras desde o modo como vaio distribuir seu trabalho no mercado a de que maneira pretende expor sua imagem para os consumidores de Música. Outro tema comum por aqui, só clicar aqui e conferir.

3)   Empreendedorismo/Gestão empreendedora: é direcionado não apenas àqueles que já tenham ou planejem iniciar novos negócios, mas para todos que queiram desenvolver o espírito empreendedor. São apresentadas ao aluno técnicas empresariais que permitam sustentar sua capacidade criativa em processos de desenvolvimento empresarial. O curso é voltado para profissionais liberais ou autônomos, com necessidade de adotar, em seu negócio, uma administração voltada para o mercado. Tudo a ver com a autonomia que o Músico deve desenvolver para ser bem sucedido, não é? E tem bastante conteúdo no blog tratando disso, só ver por aqui.

4)   Marketing Digital: o mundo digital é o mais novo ambiente de negócios.  São novos comportamentos, hábitos e atitudes que estão afetando a organização da sociedade e, consequentemente, as relações de negócios. O marketing na internet exige técnicas diferentes das usadas no passado para ser efetivo. Não há como discutir que é pela internet que o Músico atual consegue distribuir, faturar e divulgar seu trabalho.

5)   Especialização em Economia Criativa: a economia criativa é um conceito emergente que trata da interface entre criatividade, cultura, economia e tecnologia em um mundo dominado por imagens, sons, textos e símbolos. Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), as indústrias criativas são definidas como as que têm ciclos de criação, produção e distribuição de bens e serviços que usam a criatividade e o capital intelectual como principais insumos. De novo, tudo a ver com a música! Processos colaborativos em rede, sustentabilidade e estudos de futuro são os elementos básicos que compõe essa especialização. Clique nesse link e saiba sobre o que já falamos aqui no blog.

6)    Gerenciamento de Projetos: serve aos     que querem construir negócios inteligentes. Empreendedores, que é o caso dos Músicos, aprendem a desenvolver e coordenar projetos em diversos setores e a inovar produtos e processos e criar novas oportunidades de negócios. A especialização compreende todas as etapas do ciclo de vida de um projeto, favorecendo uma visão ampliada de suas possibilidades.

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Acompanhou até aqui e já se decidiu a encarar o mundo musical como negócio? Então escreva para nós contando um pouco de sua experiência.

Essas 6 especializações são mais do que essenciais nos tempos que vivemos, e prepare-se, pois elas estão se tornando o mínimo, visto que, a cada dia, temos novas tecnologias, novas cobranças do mercado musical, recaindo sobre o músico. E cá entre nós, conhecimento nunca é demais, certo?

Nos vemos em breve. Um abraço.




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