Como se diferenciar num mundo com quase 7 bilhões de pessoas?

Olá, meu amigo. Tudo bem como você?

Espero que sim e antes que me pergunte, tenha certeza que eu estou muito ocupada acertando os detalhes para a próxima Expomusic 2017.

Assim, para que não fique sem informações do blog até lá, vou revisar e relembrar alguns posts anteriores referentes ao Marketing Pessoal que tanto pedimos aos visitantes da feira.

Parece incrível, mas em pleno 2017, vivendo uma das piores crises econômicas brasileiras, você acredita que tem músico que aparece no estande pedindo patrocínio para um projeto que nem ele mesmo acredita?

Assim, se alguém não bota fé na própria carreira, quer que eu, ou qualquer outro responsável pelo Marketing de uma marca, acreditemos?

Por isso, escolhi o post de hoje para que comece a refletir sobre como se apresentar para os expositores, sem queimar seu filme.

Antes de mais nada, creio que você dá um duro danado para tocar bem e se diferenciar dos demais músicos no cenário musical brasileiro.

Mas pense comigo: como alguém vai se diferenciar para realizar o sonho de ter uma carreira musical única, como professor, músico de estúdio, sideman e até mesmo o tão almejado rockstar?

Não vá me dizer que nunca pensou nisso?

Não se preocupe, porque ninguém pensa mesmo. Afinal, não temos nossos próprios nomes de família para nos diferenciar?

Claro que sim, mas nem sempre isso é uma boa ideia e um bom exemplo é do mestre Seizi Tagima. Se não sabe quem é, assista esse vídeo bacana sobre esse pioneiro na construção de guitarras Custom Shop no Brasil aqui.

Resumindo, ele começou com uma pequena oficina de luthieria e evoluiu, com a entrada de um experiente investidor na sociedade, para a Marutec Indústria, Comércio e Importação LTDA. conhecida de todos nós como dona da marca Tagima.

Quando o Seizi vendeu sua parte para o sócio, teve que abrir mão de usar comercialmente seu sobrenome de família, porque “Tagima” era uma marca registrada.

A resposta é: a Marca

A palavra é bem antiga, remete aos Anglos-Saxões. O antigo significado queria dizer o ato de queimar algo, ou seja, marcar alguma coisa. Você já deve ter visto como os fazendeiros marcam à fogo o gado, e esse era o sentido, identificar à quem pertenciam aqueles bois.

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O interessante era que o gado com marcação deixava que o consumidor da época – que trocava 6 sacos de batata por um boi – reconhecesse o “selo” e optasse por aquele que fornecia os melhores animais. Legal né?

Esse comportamento perdura até hoje sendo a principal função do conceito de marca. Ou vai me dizer que se vir uma grande maça mordida por ai, não se lembrará de uma empresa famosa pela qualidade e inovação dos produtos que fabrica ou desenvolve?

E para você ver como isso era importante: em meados de 1266 – há quase 750 anos atrás –, uma lei inglesa exigia que os padeiros especificassem na massa uma marca – um “pane arte”? –, para que pudessem ser identificados aqueles que produziam pães com peso diferente do que pedia a lei.

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Mas a etimologia da palavra não quer dizer que esse conceito não seja ainda mais antigo.

Se você visitar um museu que contenha artefatos da Grécia ou Roma antiga, verá que, na base de peças cerâmicas, deixavam-se pequenos símbolos, que serviam para identificar a origem ou artesão que o havia produzido.

E desde então, passando pela França e Bélgica dos séculos XVII e XVIII – que são pontos importantes no desenvolvimento de marca – e chegando até hoje, os símbolos, logotipos, ícones e marcas tem servido para separar produtos fabricados em larga escala.

História bacana, não é, mas o que isso tem a ver com a sua carreira?

Tem tudo a ver. Mas antes, vamos lembrar que “marca” não é aquela imagem quadrada ou redonda que está no seu perfil do Facebook, ou aquele outro símbolo, espécie de um “visto”, estampado nos tênis de uma grande empresa com produtos esportivos.

Marca é muito mais que isso e tem um enorme valor intangível, porque representa o sentimento que alguém nutre pelo que você faz ou produz.

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Vamos explicar melhor. Quando te perguntam em um dia de calor intenso se você está com sede e quer se refrescar, dificilmente pensará em tomar um suco caseiro de couve com limão – que é delicioso, diga-se de passagem –, mas sim em abrir “aquela” latinha vermelha ou a garrafa da imagem acima.

Percebam que essa marca – que não vamos citar o nome, pois, você já sabe – além de trazer a ideia de que “matará” sua sede ainda te pegará pelo ouvido – o som do lacre estourando – e da sensação de ter algo gelado em mãos.

E músicos são apaixonados por natureza!

Você não compra uma Fender só por precisar de uma guitarra nova, compra? Temos certeza que sob determinadas circunstâncias, você comprará sem pensar, porque além de saber que aquela é a mesma usada por Clapton, Guy, Malsmteen, Vaughan, intuitivamente estará convencido que levará para casa algo que esbanjará qualidade e te deixará deliciado com o timbre.

O mesmo sentimento ocorre com a marca SANTO ANGELO, porque muita gente já nos disse que quando pluga um cabo nosso, percebe que o som da sua guitarra, baixo ou violão está mais natural, além de poder contar um produto que vai durar muito tempo.

Claro que testemunhos assim são apaixonantes e é para isso que trabalhamos tanto aqui na fábrica em Guarulhos/SP.

E você também precisa trabalhar com isso na sua cabeça.

Criar uma marca não é fácil e exige dedicação, pesquisa e capacidade de se desprender e mudar o curso de suas ações. Mas isso é um trabalho que você deve fazer mentalmente. E se precisar, nós podemos ajudar.

Começamos indicando o livro “The Brand Gap: O Abismo da Marca” de Marty Neumeier, cuja resenha você pode ler clicando aqui. Assim, você não cometerá confusão com os conceitos de marca, logotipo, ícone e avatar. Leia as diferenças:

Logotipo (ou “logo”, para os íntimos):

Basicamente, é uma representação gráfica da empresa/músico. Escolhe-se uma fonte e pronto. Seria como uma assinatura. Exemplos:

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Ao invés de escrever a sua marca só com “Times New Roman”, é fazer um trabalho mais bonito para já chamar a atenção a partir dai.

Ícone (pode usar como referência, a sua área de trabalho do PC ou Smartphone):

Nada mais que um pequeno símbolo (ou figura), que faz lembrar da sua marca. Ele pode representar muitas coisas como um sentimento ou a aplicabilidade do seu produto/serviço.

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É só bater o olho nesses ícones que você na hora reconhece a marca, o que ela faz e a qualidade que está por trás – fora o status. E veja um exemplo bem próximo, o ícone do Lucas Bittencourt, nosso endorsee, é uma “jogada” com as suas iniciais que virou seu símbolo de reconhecimento exclusivo.

E por fim:

Avatar

O conceito é mais profundo. Mitologicamente falando, Avatar “significa manifestação corporal de um ser super poderoso”, ou seja, uma projeção – se você viu o filme “Avatar” do James Cameron, tem um pouco a ver – de sua marca personificada. É uma forma de tornar mais pessoal o seu contato com as pessoas, pode ser um mascote ou mesmo uma pessoa. Veja os exemplos:

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O interessante de um avatar é que ele pode se corresponder com o seu público como uma pessoa única, que entende anseios e propõe soluções – mas isso às vezes não é necessário, caso você trabalhe sozinho.

O importante é ter essa noção, que só o seu trabalho, em um mundo cheio de distrações e outras coisas que chamam mais a atenção que a música, pode não ser o suficiente.

E por falar em Avatar, você reconhece esse:

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É o Avatar do perfil administrador da fanpage SANTO ANGELO, o “Angelo Santos” que adotamos desde 2014.

Enfim, reflita sobre todos essas definições e trabalhe em cima dessas dicas de Marketing, relembrando posts sobre marketing pessoal já pulicados aqui no blog SANTO ANGELO.

Tenho certeza que encontrará uma forma única de se diferenciar da multidão e criar sua marca exclusiva.

Abraços e até a próxima.

Lygia Teles, é Relações Públicas e especialista em Marketing pelo SENAC-SP. Desde janeiro/16 integra a equipe de Marketing e Comunicação da SANTO ANGELO.

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