Quando o fim da banda pode ser um recomeço?

por Dan Hisa

Vimos falando em nosso blog sobre a formação e o desenvolvimento de bandas, desde como escolher um novo nome até como aumentar o numero de fãs via Facebook. No entanto, às vezes acontecem imprevistos tais como novos rumos escolhidos pelos músicos, desentendimentos entre os componentes ou com a gestão da banda e até mesmo fracasso do posicionamento musical da banda. Esses são alguns motivos que podem conduzir para o fim de um grupo ou de uma carreira individual. E por mais que você ache que sua banda está imune a tais percalços, tenha em mente que tudo tem um fim, precoce ou não. Um dia, tudo pode acabar.

O dia 09/04/2015 antecede o encerramento das atividades dos Beatles, há 45 anos. A crise foi em função de problemas empresariais e pessoais entre os membros. Seria muito diferente se todos estivessem juntos ainda hoje, como os rivais setentões dos Rolling Stones?

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Também nos dias atuais os egos também costumam falar alto e temos exemplos recentes como Oasis e os irmãos Gallagher e até mesmo o Audioslave, que em 3 anos surgiu, estourou nas paradas e acabou. E não podemos deixar de lado os momentos trágicos como o suicídio de Kurt Cobain que deu cabo do Nirvana.

Mas e ai, o que fazer se este problema surgir na sua banda?

Se você já viu a revista Guitar Player do mês de abril/2015, edição 228, deve ter visto, no anúncio SANTO ANGELO com o endorsee Kleber K. Shima, a frase “Sorte é estar preparado quando a oportunidade aparece”. E estar preparado, mesmo quando o assunto é um “the end” da banda, significa que podemos encarar inicialmente o fim como recomeço ou nova oportunidade que o Universo (ou Deus para os cristãos) nos deu novamente.

Retornando ao caso do Nirvana, vemos os caminhos que os músicos tomaram. Na época baterista, Dave Grohl manteve o sonho de banda, aprendeu melhor a tocar guitarra deu a volta por cima, montando o Foo Fighters. Já Krist Novoselic, baixista, recusou a proposta de Grohl e tomou um rumo completamente diferente. Aproveitando sua “fama” tornou-se ativista do Partido Democrata americano, mas não abandonou a Música.

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E nessa hora, a negatividade do fim pode ser transformada em portas que se abrem a outras áreas. Como já comentamos em posts anteriores, as possibilidades são muitas como se tornar produtor musical, letrista ou um empresário no mercado da música.

Mas também podemos seguir outras áreas e aproveitar os traquejos musicais como pontos positivos para novos trabalhos (que são bem vistos por muitas empresas). E por mais que a vida possa te levar a caminhos não esperados, preparar-se para reviravoltas é uma necessidade. Ter um plano B, C ou D não é só tarefa dos estrategistas militares. O importante é não abandonar a sede pela Música.

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Sabemos de casos de pessoas que se formaram em outras áreas antes de seguir a carreira musical, como é o caso dos nossos amigos músicos Mateus Asato e do Bruno Palma. O sonho estava ali, adormecido, mas mesmo formados em áreas técnicas, nunca deixaram morrer a “chama musical” que os acompanhava. O pensamento deles era de estarem preparados caso a Música não pudesse sustenta-los financeiramente (pois emocionalmente sabemos que a Música é um alimento e tanto) no futuro.

Bruno Palma comenta “escolhi (a engenharia) principalmente por ser uma área que, assim como a Musica, a criatividade e o dinamismo são muito importantes”. Aliás, você já estudou a masterclass que o Bruno preparou para a área restrita do nosso blog?

E não só a engenharia, como algumas formações gerenciais, advocatícias ou até de medicina podem ser congruentes com a música. Pense nas diversas possibilidades que cada uma delas pode oferecer caso você ainda não tenha fechado as turnês nacionais / mundiais com seu trabalho.

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E não se deixe iludir. Diferente do que se pensa nas rodas de músicos, o mercado tem espaço para muita gente, mas não pra todo mundo. Assim, sempre pense de forma preventiva e proativa, tentando formar sua banda sem medo de dar errado. Afinal, você vai adquirir novos conhecimentos, aumentará seu “network” e ainda relaxará tocando seu instrumento musical favorito.

O importante é ter essa visão. Nem sempre shows serão marcados, nem sempre parcerias serão fechadas e nem sempre o público vai aceitar aquela música que você compôs com tanto afinco. Faça antes por você e pela Música, sempre na certeza de dar o seu melhor.

Desejamos que seus projetos perdurem ad infinitum enquanto fizer bem para você e para aqueles que te acompanham. E que estejam sempre preparados para novas portas que possam se abrir ou se fechar.

Até a próxima!




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