Top 5 de 2020: Saúde mental, com rotinas e hábitos saudáveis!
Olá corajosa leitora e destemido leitor, tudo bem?
Sabe aquela situação clássica, quando você termina uma música e alguém da plateia grita:
“Toca Raul”
Em sinal de respeito à imensa legião de fãs do Raulzito que a gente vai atender ao pedido, mesmo porque a música tem tudo a ver com o nosso TOP 5 de 2020:
“Controlando
A minha maluquez
Misturada
Com minha lucidez
Vou ficar
Ficar com certeza
Maluco beleza”
Sem dúvida, um dos temas que mais preocuparam nossos leitores em 2020 foi Saúde e não foi à toa que o TOP 6 foi escolhido justamente por tratar da Saúde Física.
Assim, por coerência, o tema Saúde Mental foi eleito como TOP 5, tendo como referência um dos posts de agosto de 2020, escrito pelo Dan Hisa Souza.
Sempre lembrando que você poderá ouvir este conteúdo no formato de podcast no Spotify, clicando na imagem abaixo, ou buscando por Blog SANTO ANGELO em qualquer outro agregador de podcasts de sua preferência.
Mesmo que você não goste de ouvir podcasts, experimente clicar na imagem para escutar o testemunho abaixo, que a Thais Andrade, parceira da equipe de comunicação SANTO ANGELO, contou sobre sua experiência como mais uma das milhões de pessoas contaminadas pela COVID-19.
“Parece incrível que eu, depois de tanto falar com vocês sobre cuidados e consequências da contaminação pelo novo coronavírus, acabei sendo infectada por ele, sem perceber onde ocorreu exatamente a contaminação”.
“Talvez, como eu tinha voltado a fazer pequenos shows, mesmo tomando todas as precauções, provavelmente foi em algum deles que ocorreu o contágio. Mas também, pode ter sido em uma das minhas saídas ao supermercado ou ao banco.”
“Gente, digo isso para vocês perceberem o quanto esse vírus é muito traiçoeiro, porque não escolhe gênero, idade, tamanho da conta bancária ou profissão”
“Minha primeira reação foi de muito Medo e angústia, porque a gente nunca sabe como nosso organismo irá reagir à doença”
“Assim que comecei a sentir os primeiros sintomas, desmarquei todos os meus compromissos e procurei ajuda médica, ficando em casa até o fim do tratamento.”
“Posso dizer que é uma sensação desesperadora, do dia para a noite, porque os sintomas, que no começo pareciam de uma gripe comum, rapidamente evoluíram para uma terrível dor no corpo, junto com indisposição muito grande e o mais assustador: a perda completa do meu olfato e paladar”
“Enfim, depois de passar alguns dias de “molho” eu posso dizer que estou bem e deixar com vocês um conselho: cuidem-se até a maioria dos brasileiros esteja imunizada depois de aplicadas a tão esperada vacina.”
O Medo que a Thais sentiu é um dos gatilhos que podem afetar a Saúde Mental de qualquer pessoa, independente, como nossa colega mesmo disse, do gênero, idade, tamanho da conta bancária ou profissão.
Até o Google, em recente newsletter às suas startups “patrocinadas”, informou que as buscas por termos ligados à Saúde Mental, atingiram um recorde durante o mês de junho de 2020, no Brasil, segundo esse link.
O aumento do interesse pelo tema foi de 61% em relação ao mesmo mês em 2019 e 70% quando comparado a fevereiro de 2020, sendo este o último mês antes das práticas de distanciamento social começarem a ser implementadas no país.
Com certeza, as leitoras ou leitores do blog SANTO ANGELO não entraram nesta estatística de procurar por palavras como “saúde mental na quarentena” e “exaustão mental”, que tiveram aumento de 150%, cada, por pessoas comuns, mas não ligadas às redes sociais da marca SANTO ANGELO.
Afirmamos isso porque sobrecarregamos nossos fãs e amigos nas redes sociais com vários posts falando sobre “Bloqueios Mentais”, “Gatilhos Emocionais” e “Bons e Maus Hábitos” entre outros publicados no período.
As porcentagens citadas pelo Google só reforçam os impactos da pandemia da COVID-19 sobre grande parte da população brasileira, ou seja, com todos assistindo um “clash” entre ciência e opiniões, entre medidas protetivas e atitudes egoístas, a maioria está cada vez mais perdida sobre o próprio futuro pessoal e, consequentemente, em como será o futuro da sociedade brasileira.
Voltando para o nosso planeta Música, já falamos como vimos muitos músicos mobilizando seus neurônios para criar saídas inusitadas para esse período tão tenebroso, como por exemplo comentado nesse post sobre “serenatas online”.
Porém, a gente sabe que o mundo, infelizmente, não é para todos e que um número enorme de profissionais do ramo musical largou, parcial ou totalmente, suas carreiras para assumirem postos no amedrontador mercado de trabalho fora da música.
Aplicativos como o Uber ou Rappi formam o destino desses novos “empresários”, ou mesmo antigas formações técnicas ou superiores, até então abandonadas, foram saídas encontradas para manter ou aumentar a renda entrando em suas casas.
Assim, o medo de que a carreira fique de lado, para sempre, sondou (e ainda sonda) a vida dos músicos, não só brasileiros como do mundo todo.
E não só os músicos profissionais passaram a sofrer com esse medo, mas também os músicos hobbistas, tratados nesse post, também perceberam seus empregos ameaçados pela onda de desemprego gerada na pandemia do novo coronavírus.
Imagine, por exemplo, um músico que trabalhava como barbeiro, que viu sua renda diminuir bruscamente nos últimos meses pelo fechamento das “barber shops” que o obrigou a ficar parado por tempo indeterminado.
Não existe cabeça que consiga pensar em música se as contas estão atrasando, a comida desaparecendo na dispensa da cozinha e a minguada poupança, com tanta dificuldade acumulada, diminuindo a cada dia.
Nessa hora, o medo bate na cabeça de qualquer um e a nossa euforia dá lugar ao desânimo e entramos no chamado “trough of sorrow” – que em tradução livre podemos chamar de “vale da tristeza”.
Já falamos que o Medo é um dos sentimentos que nos travam e acionam um conhecido gatilho emocional, confirmado por uma pesquisa do Grupo Abril em parceria com o Mind Miners com quase 5 mil pessoas, onde maioria respondeu alguma das perguntas usando a palavra “Medo”.
Ter essa sensação de apreensão é extremamente comum e faz parte dos nossos mecanismos de sobrevivência desde o tempo das cavernas.
Melhor enfrentar um grande mamute enquanto ele está acordado ou tentar caçá-lo quando está dormindo?
Porém, em um momento onde até o mamute está se isolando em seu iceberg para não contrair o novo coronavírus, o que fazer para manter nossa mente sã e saudável?
Vem com a gente que vamos te dar algumas dicas para se tornar cada vez mais saudável, mentalmente falando.
Como o momento meio que mesclou nossa vida pessoal com profissional, não temos a desculpa de ir para o trabalho para desligar um pouco dos problemas de casa ou finalizar o trabalho e voltar para casa para aquele merecido descanso.
Agora, problemas e vivências pessoais estão acontecendo ao mesmo tempo, no mesmo lugar, sem possibilidade de um “tempo”, mesmo trabalhando online com outros colegas.
Aproveito para fazer um “disclaimer” pois sei que grande maioria dos brasileiros não está isolada em casa para se proteger de uma doença perigosa, pois muita gente precisa sair às ruas para trabalhar, principalmente aquelas pessoas ocupadas com serviços essenciais.
Para essa parcela da população, o Medo é, além de perder o emprego ou estar com a saúde mental debilitada, ter a vida posta em risco por um vírus invisível e fora de controle.
Aliás, cuide dessas pessoas, ficando mais em casa, se você puder.
Pensamos em algumas atitudes que podem ser assumidas para manter seu bem estar mental intacto, mas antes de começarmos nossa lista, sempre lembramos que ajuda profissional de psicólogos e terapeutas, às vezes, pode ser necessária e acontecer mesmo à distância (sim, esses profissionais se adaptaram também às videoconferências).
Procurar essa ajuda é sinal de maturidade e autoconhecimento, nunca de fraqueza ou covardia.
ROTINA
Lembra que comentamos que hábitos são baseados em rotinas nos posts anteriores? Então, elas são uma saída bem interessante para que você consiga dar ordem ao seu cotidiano.
Essas rotinas podem ser voltadas à sua saúde física como acordar e fazer um treino funcional de alta intensidade por 15 minutos, ou focadas na saúde mental como ler um capítulo de um livro; ou mesmo no bem estar espiritual, orando ou mesmo lendo um trecho do livro sagrado da religião que pratique com Fé.
Pense, organize e faça. Isso ajudará bastante na manutenção da sua mente.
ALIMENTAÇÃO
Você olha a pia cheia de louça e decide: “uma pizza cai bem hoje, bora pedir?”. No dia seguinte, “porque não um belo hamburguer?”. E depois, “uma porção de torresmo seria uma ótima pedida”.
Sabemos que esse tipo de comida alimenta o coração, tanto no sentido figurado da satisfação quanto no sentido literal mesmo, com as gorduras saturadas, os açúcares e outras “cositas más”.
Prezar pela alimentação é uma tarefa que mantém os processos do corpo em dia, dá mais ânimo e também gera energia para seu cérebro lutar contra as intempéries do cotidiano.
Busque alimentos mais naturais e saudáveis, preferindo prepara-los em casa, somando o componente “amor” (não aquela marca de glutamato monossódico).
Já publicamos vários posts específicos sobre alimentação saudável em nosso blog e se quiser saber mais detalhes é só clicar aqui ou nesse outro link.
Para resumir, faça também refeições regulares, a cada 3 horas se possível (e adote isso para quando saímos da pandemia) tendo 3 grandes refeições (café da manhã, almoço e janta) e 3 menores que podem ser feitas com frutas. E muito líquido para acompanhar tudo isso.
Se der uma escapada no final de semana, tudo bem, é sempre bom ter um dia de menos preocupações e sabores que te deixam feliz.
SONO
Depois de um dia de trabalho exaustivo você para na frente da TV, fica “zapeando” (verbo adaptado do inglês para quem ficava passando canais na televisão sem nada ver de fato) e quando olha o relógio, 2:00 da manhã, sendo que você acorda as 6:00.
As 4 horas de sono são bem pouco para um cérebro cansado.
Tente criar uma rotina de 7 a 8 horas de sono por noite: isso ajuda demais na recuperação da energia da mente e do corpo, fora que muitos processos acontecem em uma noite bem dormida, como a fixação de memórias, a assimilação de aprendizados do dia entre outras sinapses.
Não acredita? Recomendamos a leitura do livro “Por que nós dormimos” do neurocientista Matthew Walker, que vai certamente revolucionar tudo o que já aprendeu até agora sobre o sono e os sonhos, que podem ajudá-lo, inclusive, a tocar melhor conforme narrado com um insight de estudo recebido de um pianista a partir da página 140. Sensacional.
E caso você não queira ficar só com a leitura, ouça o Nerdcast 614 sobre o tema, com ótimas informações para deixar seu sono com mais qualidade.
Apesar de nossa sociedade pedir que acordemos sempre no mesmo horário para cumprir os “relógios de ponto” que nos rodeiam, o mais indicado pelos neurocientistas é que você preste mais atenção ao seu “relógio interno”, além da qualidade e intensidade do seu sono.
No início pode ser difícil, pois além do costume, parece que estamos perdendo algo não ficando uns minutinhos à mais acordados, porém, a melhora que você sentirá nos seus processos mentais será imensa. Pode acreditar.
Então, programe seu alarme para tocar na hora de dormir.
PESSOAS
Você interage o dia todo com as pessoas do trabalho e, em momentos onde o medo toma conta, o convívio com elas torna-se preocupante. Por isso, reserve um momento do dia para conversar com família, amigos ou pessoas próximas que nutrem mais afeição por você.
Reavive amizades antigas, converse com aquele primo distante, conte seu dia para seus pais ou filhos. Isso libera uma carga de estresse acumulado durante o dia e faz bem para sua “saúde social”
Se você está em casa com alguém, seja amigos (ou amigas) seja a própria família, tire um tempo para sentar à mesa durante uma refeição e jogar conversa fora.
Faz bem e mantém o cérebro em uma atividade edificante.
SEPARAÇÃO DOS HORÁRIOS
É a parte mais difícil desse 2020 maluco. Por mais que o Home e o Office tenham se juntado criando esse construto indestrutível, lembre-se das questões de rotina. Defina seu horário de trabalho (por exemplo, das 08:00 às 17:00) com intervalo para o almoço.
Finalizado esse horário, afaste-se do celular, silencie notificações e vá viver sua vida pessoal.
Claro que em alguns dias isso não será possível, mas a regra deve ser o horário respeitado, e não a exceção.
Para concluir, um recado para os músicos hobistas: peguem seus instrumentos e os aproveite.
Você, que acompanha o blog SANTO ANGELO desde sempre, sabe o quanto a Música pode ser um santo remédio ou um tratamento miraculoso para a nossa mente, cada dia mais cobrada e preocupada.
Recado para você, músico profissional: faça o mesmo que recomendamos para os hobistas, por mais que sua música se mescle com seu ser, você também precisa de pausas no trabalho.
Após essas dicas, perguntamos: com você está cuidando de sua saúde mental e lidando com os medos cada vez mais crescentes? Já realizou alguma das dicas acima? Se sim, qual foi o resultado?
Não se esqueça que nosso maior intuito é que você utilize o que escrevemos para sua vida ficar melhor e que a compartilhe com quem está à sua volta.
Suas experiências são muito importantes para todos que nos acompanham, pois elas mostram que todos nós estamos nessa luta de viver o dia a dia, juntos.
Sem medo algum de que não nos encontremos, saudáveis e protegidos, você e sua família, na semana que vem, nos despedimos.
Um abraço!